Após a vitoriosa Greve Geral realizada em 28 de abril, os trabalhadores darão novamente seu recado, nesta quarta-feira (24), contra as reformas da Previdência e Trabalhista, pela revogação da Lei das Terceirizações e saída de Michel Temer da presidência da República e, ainda, construir uma Greve Geral de 48 horas. A caravana Ocupe Brasília foi convocada no início deste mês por todas as centrais sindicais brasileiras e pretende reunir 100 mil trabalhadores e trabalhadoras.
Dezenas de seções sindicais do ANDES-SN se deslocam, neste momento, à capital federal. No dia 12 de maio, representantes das seções sindicais dos setores das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes) e Federais (Ifes) do Sindicato Nacional estiveram reunidos no Rio de Janeiro para encaminhar a participação na caravana e envidar esforços para a construção de uma nova agenda de Greve Geral de 48 horas para barrar as contrarreformas. Os docentes irão também continuar a pressão junto aos parlamentares para que se posicionem contrários às contrarreformas em curso no Congresso Nacional e, ainda, denunciar aos organismos internacionais, em articulação com a CSP-Conlutas, os crimes que o Estado brasileiro está cometendo contra os direitos humanos no país. No dia seguinte, 25, será realizada uma nova reunião conjunta dos setores das Iees/Imes e Ifes, em Brasília.
Para Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, é fundamental que os docentes, em unidade com as demais categorias de servidores públicos, movimentos sociais e populares, juventude e demais trabalhadores deem mais um passo e reafirmem o posicionamento contra as reformas, a Terceirização e pela saída de Temer. A orientação, segundo ela, é a de que outras entidades se integrem também e ajudem a articular o Ocupe Brasília para garantir a participação do máximo possível de trabalhadores na mobilização.
“Diante da conjuntura, acirrada nos últimos dias, as professoras e professores do nosso Sindicato Nacional estão mais impulsionados a intensificar a mobilização no dia 24 de maio, nesta grande caravana à Brasília e mostrar ao Congresso Nacional a nossa disposição de luta para que possamos construir a Greve Geral de 48 horas. Mais do que nunca a nossa palavra de ordem é ‘Fora Temer’, contra as Reformas e pela reversão dos projetos aprovados, que atacam os direitos dos trabalhadores. Aqueles que não puderem vir à capital federal, que participem das mobilizações em seus estados”, disse.
Atos
Desde a divulgação, na última quarta-feira (17), da delação do grupo frigorífico JBS/Friboi de que Temer teria intermediado a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em investigações da Lava Jato, manifestações pela saída de Temer e pela não aprovação das contrarreformas eclodiram pelo país. No mesmo dia, manifestantes saíram às ruas das capitais São Paulo e Brasília exigindo a saída de Temer.
Na quinta-feira, 18 de maio, milhares de manifestações foram realizadas em diversas cidades do país. O mesmo aconteceu no domingo (21). Em São Paulo, por exemplo, milhares de pessoas protestaram na Avenida Paulista. Mesmo com forte chuva, os manifestastes permaneceram no ato segurando cartazes e bandeira, entoando palavras de ordem como “Fora, Temer e os corruptos, já!” e exigindo eleições diretas. Em nota divulgada na sexta-feira (19), as centrais sindicais convocaram atos para o dia 21 de maio e reforçaram o chamado para o dia 24.
Confira aqui o jornal da CSP-Conlutas sobre o 24 de maio
Confira aqui o cartaz do Fonasefe para o 24 de maio
Fonte: ANDES-SN