Nesta quarta-feira (28 de março), estudantes de todo o país realizarão manifestações para marcar o Dia Nacional de Lutas dos Estudantes Brasileiros. A data é lembrada em homenagem a Edson Luís, estudante secundarista assassinado por policiais militares em 1968, no Rio de Janeiro, durante a ditadura empresarial-militar.
Luiza Foltran, da Oposição de Esqueda da União Nacional dos Estudantes (OE/UNE), ressalta que devem ocorrer atos descentralizados em todo o país e que no Rio de Janeiro, além de marcar meio século do assassinato do secundarista, a manifestação também irá lembrar a execução da vereadora do Psol/RJ, Marielle Franco, e de seu motorista, Anderson Gomes.
“É uma data muito simbólica para o movimento secundarista. Há 50 anos, o dia 28 é marcado tanto simbolicamente pela memória do Edson Luis, para que nunca mais aconteça, e também pelas pautas de luta do movimento secundarista. Já tiveram [manifestações em] 28 de março, que marcaram grandes atos pelo passe livre, por exemplo, e que registraram grandes avanços nas pautas corporativas do movimento dos estudantes”, comenta.
A representante da UNE comenta ainda que as manifestações deste ano devem ter um peso muito grande em relação à denúncia do genocídio do povo pobre e negro e dos ataques à democracia. Luiza cita como exemplos a intervenção no Rio de Janeiro, e os assassinatos de Marielle e Anderson, e também as mortes que acontecem todos os dias, país afora. “Por exemplo, cinco estudantes foram assassinados no domingo, em Maricá (RJ). Isso é uma realidade cotidiana. Existe um apelo muito grande para que esse ato fale em defesa da vida e contra o genocídio que vivemos no Brasil”, acrescenta.
Participação docente
O ANDES-SN enviou Circular nº 83/18, convocando todas as seções sindicais a participarem e fortalecerem, em articulação com movimento estudantil e demais entidades que lutam em defesa da educação pública, a realização das atividades previstas para este dia em cada cidade.
Na nota, a diretoria do Sindicato Nacional ressalta que “50 anos após este brutal assassinato, a conjuntura exige que permaneçamos nas ruas junto ao movimento estudantil na defesa dos direitos da classe trabalhadora. O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, no último dia 14 de março, no Rio de Janeiro/RJ, reforça a necessidade de permanência das lutas nas ruas.”
Fonte: ANDES-SN