A próxima terça-feira (5) será marcada por uma Greve Nacional contra a Reforma da Previdência. A data foi definida em reunião das centrais sindicais, e antecede o dia em que o governo pretende iniciar a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, na Câmara dos Deputados.
Reunidas na sexta-feira (24), as centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical e CGTB convocaram todas as entidades sindicais e movimentos sociais a realizarem ampla mobilização nas bases – assembleias, atos, debates e outras atividades – como processo de organização de uma Greve Nacional, contra a PEC 287/2016, que acaba com o direito à aposentadoria dos trabalhadores brasileiros.
Alexandre Galvão, secretário-geral do ANDES-SN, afirma que o Sindicato Nacional está fazendo todos os esforços para realizar assembleias gerais nas instituições de ensino para debater a adesão à paralisação nesse dia, e, também, para que haja articulação da categoria docente com as demais categorias de trabalhadores do país.
“Depois da grande mobilização realizada ontem pelos servidores públicos federais em Brasília e do Dia Nacional de Lutas, Paralisação e Greves, em 10 de novembro, que retomaram a mobilização nacional contra os ataques do governo, esperamos que as Centrais façam, de fato, um esforço junto a suas bases para mobilizar uma grande Greve Nacional que mostre a disposição da classe trabalhadora de lutar contra essa criminosa Reforma da Previdência”, disse o docente.
“Vamos realizar um forte trabalho de panfletagem e nas redes sociais para construir a Greve Nacional, paralisando o país e dando um recado forte e incisivo ao governo e à sua base aliada de que essa Reforma da Previdência não vai passar”, completou Alexandre Galvão.
Também está na pauta da Greve a luta pela revogação da Reforma Trabalhista, da Lei das Terceirizações e da Emenda Constitucional (EC) 95 – que impõe um teto de gastos para o orçamento público. Em 2016 já foram realizadas duas Greves, uma em 28 de abril e outra em 30 de junho.
A CSP-Conlutas divulgou materiais de preparação para a Greve Nacional de 5 de Dezembro. Confira aqui o cartaz e aqui o jornal.
Categorias já deliberaram adesão à Greve
Diversas categorias de trabalhadores já deliberaram pela adesão à Greve Nacional de 5 de Dezembro. Os metroviários de São Paulo vão parar. A adesão foi aprovada em assembleia realizada na terça-feira (28). A categoria vai paralisar suas atividades, a partir de zero hora do dia 5. Uma assembleia organizativa acontecerá na segunda-feira (4).
Assim como os metroviários, outras categorias do setor de transportes do estado de São Paulo também deliberam participação neste dia de paralisação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística decidiu pela adesão por meio dos sindicatos de rodoviários de Sorocaba, de condutores de São Paulo, Guarulhos, Vale do Ribeira e de ferroviários.
Nacionalmente, a Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro) está orientando seus sindicatos filiados a aderirem ao movimento grevista. Em outras cidades, como Porto Alegre (RS), os metroviários realizarão assembleia nesta sexta-feira (1) para definir adesão ao movimento. Metroviários de Recife (PE) e Belo Horizonte (MG) estão com assembleia marcada para o dia 30. Em Brasília (DF), a categoria já está em greve e segue em defesa do Acordo Coletivo.
Os petroleiros que estão em campanha salarial podem entrar em greve e engrossar o movimento. Das bases da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), o Sindipetro Alagoas/Sergipe aprovou a greve do dia 5 e atraso de 1 hora durante a negociação com a empresa, assim como o Sindipetro São José dos Campos (SP). O Sindipetro Rio de Janeiro fará plenária nesta quarta-feira (29) com entidades que estão organizando a Greve Geral. O Sindipetro Litoral Paulista se mantém em assembleia permanente, assim como as bases do Sindipetro Pará, Amazônia Maranhão e Amapá.
Com informações de CSP-Conlutas.
Fonte: ANDES-SN