Em assembleia geral, na tarde de quarta-feira (23), docentes da UFPB criaram uma comissão para mobilizar a categoria e, juntamente com as demais entidades de servidores públicos federais, construir um movimento reivindicatório por reposição das perdas salariais ― podendo assumir, se necessário, caráter de greve unificada. A reunião, convocada pela ADUFPB, começou às 15h, pela plataforma Zoom, e se estendeu até o início da noite.
De acordo com Fernando Cunha, presidente da entidade, após a realização do 40º Congresso do ANDES-SN, que acontece entre os dias 27 deste mês e 1º de abril, em Porto Alegre-RS, a ADUFPB retomará a pauta do indicativo de greve em nova assembleia. Até lá, juntamente com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), seguirá na luta pela recomposição salarial de 19,99%, contra a PEC 32 e contra a Emenda Constitucional 95. “Os professores interessados em participar da comissão de mobilização podem nos procurar no sindicato”, disse.
Além da decisão sobre a mobilização, a assembleia aprovou, por unanimidade, a inscrição dos professores Marcelo Sitcovsky e Jaldes Meneses para a Comissão Eleitoral da ADUFPB, como titular e suplente, respectivamente. Essa comissão contará ainda com membros da Diretoria Executiva e do Conselho de Representantes. A eleição dos novos diretores da entidade está prevista para ocorrer em maio.
A Comissão Eleitoral está aberta às sugestões dos professores que queiram contribuir para a criação das normas do processo eleitoral. Depois de discutir, analisar e sistematizar essas regras, ela as tornará públicas — seja por meio de uma assembleia, seja por um boletim. “Essas deliberações serão amplamente divulgadas pela ADUFPB, com antecedência”, ressaltou o presidente do sindicato.
Questões jurídicas – A assembleia também contou com a participação da assessora jurídica da entidade, a advogada Anna Raquel de Almeida Kippe, mas as dúvidas dos docentes não puderam ser totalmente sanadas durante o encontro virtual, devido ao tempo curto para as demais pautas.
Devido ao interesse de todos, a ADUFPB acatou a sugestão dada pelos professores e professoras e vai convocar o GT Carreira para tratar de cada processo jurídico (Lei Complementar 191, progressões funcionais, 1/3 de férias, por exemplo); depois, lançará um boletim com os encaminhamentos dessa reunião. “É possível que entremos com mais uma ação para cobrar o cumprimento da legislação administrativa, pois a universidade vem extrapolando os prazos de 60 dias para as progressões”, acrescentou Fernando.
Fonte: Ascom ADUFPB