Para mobilizar professores, servidores técnicos-administrativos e estudantes, a ADUFPB e o Sintespb realizam nesta terça-feira (7/7), a partir das 8h, um café da manhã na entrada do CCHLA, no campus I, em João Pessoa. As duas entidades vêm trabalhando em parceria com o objetivo de fortalecer a luta por melhores condições de trabalho e reajuste salarial no setor da educação.
Professores e servidores da UFPB estão em greve desde o dia 28 de maio. Eles integram a campanha salarial unificada dos servidores públicos federais, cuja pauta de reivindicações contém 20 pontos, entre eles, reajuste linear de 27,3%, data-base em 1º de maio, paridade salarial entre ativos e aposentados, fim da terceirização e revogação do Funpresp e da Ebserh.
Durante o café da manhã desta terça-feira, será realizado ato público, que contará com falas de representantes dos movimentos sindicais e estudantis. A ADUFPB e o Sintespb pretendem, com essa mobilização, divulgar as reivindicações da campanha salarial unificada dos servidores públicos e convocar o apoio da sociedade à luta de todo o setor da educação.
Os servidores públicos federais rejeitaram a proposta apresentada pelo Ministério do Planejamento em reunião no dia 25 de junho. O Governo oferece um reajuste de 21,3% parcelado em quatro anos, o que sequer repõe a inflação do período, muito menos compensa as perdas salariais acumuladas. Além disso, O Ministério do Planejamento excluiu da reunião do dia 25 a negociação sobre os demais itens da pauta de reivindicações dos servidores.
Pela proposta, a primeira parcela será de 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019, sempre em janeiro. Esse reajuste não repõe a inflação deste ano, a qual deverá ficar em 9%. Além disso, não seria linear – assim como em 2012, e os índices seriam aplicados sobre o montante da folha de pagamento de cada setor. A categoria reivindica política salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias, entre outras demandas.
A inflação de 2015, que “consome” quase a metade do índice previsto, é ignorada nas contas oficiais. Para o dirigente da CSP-Conlutas, Saulo Arcangeli, o governo segue com a linha dos acordos plurianuais (quatro anos) e diz estar trabalhando com um percentual sobre o Produto Interno Bruno (4,13%) . “Alegam que precisam se planejar e querem fazer isso penalizando mais uma vez os servidores”, salientou.
Fonte: Ascom ADUFPB, com informações do CSP-Coluntas