A ADUFPB iniciou uma campanha para cobrar da bancada paraibana no Congresso Federal o compromisso de rejeitar a proposta de redução salarial do funcionalismo público que deve começar a tramitar em breve. Na última quinta-feira (2/4), a Diretoria Executiva da ADUFPB definiu, em reunião online, uma série de estratégias para pressionar deputados e senadores.
“Foi elaborada uma carta relatando os prejuízos da proposta e apontando alternativas que não passam pela redução salarial e o ataque ao bom funcionamento dos serviços públicos”, explica o presidente da ADUFPB, Fernando Cunha. O documento já foi encaminhado por e-mail para os(as) 12 deputados(as) e três senadores(as) da bancada paraibana no Congresso Nacional. E, nesta sexta-feira (3), a Diretoria Executiva da ADUFPB começou a entrar em contato com os(as) parlamentares para comunicá-los do posicionamento da entidade.
Além disso, a entidade está pedindo o apoio dos professores e das professoras. Pelo Whatsapp, eles(as) estão recebendo cópia da carta enviada pela ADUFPB para que também possam cobrar de seus parlamentares. Está sendo desenvolvida, ainda, uma página dentro do site do sindicato (www.adufpb.org.br) onde os interessados poderão fazer esse processo de envio de e-mail de forma automática.
Simultaneamente, estão sendo criadas peças de divulgação da campanha contra a redução salarial dos funcionários públicos para postagens em redes sociais, como WhatsApp, Facebook e Instagram, junto com as hashtags #Luteemcasa e #Nãoàreduçãosalarial. “Algumas já estão circulando, mas a proposta é criar ‘cards’ elencando alternativas mais eficazes de financiamento das ações contra a crise da Covid-19”, explica Fernando Cunha.
Medida prevê corte de até 50%
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já anunciou articulações para a elaboração de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) com esse fim. Além disso, na última quarta-feira (1/4), o partido Novo incluiu na chamada “PEC do Orçamento de Guerra” (PEC 10/2020) duas emendas que preveem a redução de até 50% dos salários dos servidores. As emendas não foram acolhidas pelo relator da proposta, o paraibano Hugo Motta, mas ainda podem ser incluídas durante a tramitação da PEC.
Diversas entidades já se manifestaram contra as ameaças de cortes e estão em campanha para cobrar dos parlamentares um posicionamento em favor dos trabalhadores. O governo quer fazer crer que a proposta de corte salarial visa economizar dinheiro para as ações emergenciais contra a crise da Covid-19.
“Entretanto, não apenas a economia com essa medida é muito pequena, como ela tem efeitos colaterais desastrosos para a economia e o bem estar social ao reduzir a renda de milhares de pessoas e, portanto, o consumo das famílias”, argumenta o presidente da ADUFPB, Fernando Cunha.
O achatamento dos salários, segundo ele, aprofunda a depressão econômica que o Brasil está vivendo, agravada pela Covid-19. “Além disso, não faltam alternativas mais justas e eficientes para destinar recursos às ações emergenciais, como a taxação das grandes fortunas e a utilização antecipada dos fundos orçamentários que sobram dos três poderes”, explica.
Fonte: Ascom ADUFPB