Na tarde desta terça-feira (18), representantes da ADUFPB estiveram na reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) com o professor Valdiney Gouveia, em audiência previamente solicitada pelo sindicato. Além do presidente da ADUFPB, Cristiano Bonneau, também estiveram presentes os professores Sandra Luna, Carlos Anísio e Valdenilza Ferreira, todos da diretoria da entidade.
O encontro tratou de três temas: cumprimento das mudanças na minuta da resolução do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), para a distribuição de encargos ao pessoal da carreira de magistério de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT); criação de um protocolo flexível para acesso ao espaço da universidade quando da colocação de faixas e da realização de eventos do sindicato; e barreiras burocráticas no processo de progressão funcional dos docentes.
Sobre o primeiro ponto, Bonneau foi contundente ao cobrar que se cumpra o que foi acatado em reunião realizada em setembro de 2022, entre o sindicato e a reitoria. “Queremos que o acordo seja cumprido e os professores EBTT possam seguir atuando nas três instâncias da educação: ensino básico, graduação e pós-graduação. Essa demanda será levada à próxima reunião do Consepe”, disse. Na audiência anterior, da qual participou o reitor e o procurador-geral da UFPB, Carlos Mangueira – que também estava nesta última reunião –, todas as alterações sugeridas na minuta foram acatadas, mas não foram colocadas no documento final.
Em relação ao uso do espaço da Cidade Universitária, a solicitação foi para que seja criado um protocolo flexível e ágil, que atenda às necessidades do sindicato, visto que tem ocorrido uma série de entraves em relação ao conteúdo (e à localização) das faixas que a ADUFPB dispõe no campus e ao uso do Centro de Vivência para a realização de assembleias. “Não é possível esperar até 30 dias para termos permissão de usar o espaço, pois nossas assembleias são extraordinárias, não têm datas pré-fixadas. Sobre o conteúdo das faixas, submetê-lo a autorização prévia configuraria uma censura”, afirmou. Os professores sugeriram, ainda, a realização de uma oficina com os seguranças do campus, para melhorar a abordagem deles com o público local.
Por fim, a pauta tratou das progressões funcionais. Nesse ponto, sugeriu-se uma nova reunião, na qual se tratasse apenas desse assunto, dada a sua complexidade. No intuito de evitar o aumento da judicialização, a diretoria da ADUFPB defende uma solução doméstica. “A proporção que está sendo dada a esse tema gera ainda mais demandas burocráticas. “Essa maneira ‘atravessada’ de economizar resulta em mais prejuízos para o erário”, acrescentou.
Para o presidente da ADUFPB, a reunião terminou com encaminhamentos importantes, e a perspectiva é de que as solicitações sejam acatadas e novas reuniões aconteçam, para levar adiante os temas pendentes.