Sindicato entregará documento à operadora na próxima semana e realizará reunião no dia 2 de outubro com docentes e um representante da empresa
A Diretoria Executiva e a assessoria jurídica da ADUFPB vão apresentar à operadora de planos de saúde Geap uma proposta de negociação a fim de conter o aumento das mensalidades dos(as) docentes sindicalizados(as) decorrentes da derrubada de uma liminar na justiça. Esse encaminhamento foi discutido com professores e professoras usuários(as) do plano em reunião virtual realizada na manhã desta sexta-feira (25/9) com a participação do advogado Paulo Guedes, da assessoria jurídica do sindicato.
Ficou decidido que o documento a ser apresentado à operadora irá propor a não cobrança do aumento, considerando que os valores aplicados são muito superiores à inflação ou a outros índices de correção monetária, o que impede grande parte dos usuários de manter o contrato com a empresa. O sindicato leva em consideração também que a UFPB é hoje a maior copatrocinadora da Geap na Paraíba e uma das maiores do Brasil, e que a saída em massa dos beneficiários comprometeria o funcionamento da operadora.
A proposta de negociação será apresentada à empresa no início da próxima semana. Desta forma, ficou definida para a sexta-feira, dia 2 de outubro, às 9h, uma nova reunião virtual com usuários do plano de saúde, com a participação de um representante da Geap, com o objetivo de discutir as sugestões do documento e abrir esse canal de negociação.
Além disso, a ADUFPB vai programar outra atividade, desta vez com usuários do plano associados ao Sintespb (Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba) e à Asip (Associação dos Inativos e Pensionistas da UFPB), que também serão impactados pela derrubada da liminar e reajuste do valor das mensalidades. Essa reunião ainda não tem data, mas será divulgada nos canais de comunicação da ADUFPB. O objetivo é unir esforços para negociar com a Geap.
Sobre a liminar
A decisão judicial que tornou possível o aumento cobrado agora pela Geap foi anunciada em 31 de agosto e refere-se a uma ação impetrada pela ADUFPB em 2016. Na época, a operadora havia anunciado um reajuste acima do autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O sindicato, então, recorreu à justiça e conquistou uma liminar impedindo aumentos acima do percentual da ANS tanto em 2016 quanto nos anos seguintes.
Com a derrubada dessa decisão no final do mês de agosto, a Geap foi autorizada a aplicar o reajuste inicial, que seria de 37%. Além desse percentual já ser bastante superior aos índices de correção monetária, muitos docentes têm reclamado que notaram aumento acima do previsto.
“Recebemos uma carta informando da decisão judicial na quarta-feira, dia 23 e imediatamente entramos em contato com a Progep [Pro-reitoria de Gestão de Pessoas], que conseguiu contato com a Geap e agendamos reunião”, explica o presidente da ADUFPB, Fernando Cunha. Essa reunião aconteceu na quinta-feira, dia 24, e dela também participaram os professores Cristiano Bonneau, diretor de Comunicação, e Marta Diniz, tesoureira da ADUFPB.
“Reforçamos que, em 2016, tentamos negociar com a Geap, mas não houve resposta da empresa, não houve esse canal de negociação, por isso decidimos judicializar a questão”, explicou Fernando Cunha. De acordo com ele, os representantes da operadora disseram que não é do interesse da empresa cobrar retroativo dos aumentos últimos anos e que esse reajuste agora é referente apenas a 2016. Os diretores da ADUFPB argumentaram que os valores cobrados comprometem muito o orçamento dos usuários, e uma grande quantidade deles não terá condições de manter o contrato com a operadora.
“Fizemos, então, uma proposta para eles abandonarem o reajuste e manterem o plano do jeito que está. E a partir do ano que vem será aplicado o reajuste normal”, disse o presidente da ADUFPB. De acordo com ele, o representante da Geap pediu que fosse feita uma proposta por escrito e se colocou à disposição de conversar com os beneficiários na reunião que deve ser realizada no dia 2/10.
Fonte: Ascom ADUFPB