Atendendo à solicitação do ANDES-SN, o governo agendou para a manhã desta quinta-feira (27) uma reunião para discutir o impasse que impediu a realização da primeira oficina para debater a reformulação da carreira docente, no dia 13 de outubro e fazer um balanço da situação.
Desta forma, o encontro antecederá a reunião do grupo de trabalho (GT) já agendada para acontecer 15 horas de quinta (27). De acordo com o calendário estabelecido para as tratativas acerca da carreira docente, o primeiro encontro do GT deve problematizar as propostas apresentadas pelo governo e pelas entidades, identificando convergências e elaborar alternativas (se possíveis) para as divergências.
O representante do governo havia convocado a reunião da mesa de negociação na data e horário do GT, mas por reivindicação do ANDES-SN a mesma foi antecipada, com o objetivo de manter o calendário de trabalhos já definido.
Mobilização
O setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) convocou uma vigília para esta quinta-feira (27) para pressionar o governo a cumprir com o acordado e iniciar de fato os trabalhos para a reestruturação da carreira.
Os representantes do Setor se reúnem em Brasília nesta quinta e sexta-feira para avaliar a reunião.
Impasse
A primeira oficina para discutir a reestruração da carreira estava agendada para acontecer no dia 13 de outubro, mas foi cancelada pelo governo. Representantes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) compareceram ao local para participar do encontro, e foram impedidos pelo Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento (MP), Duvanier Paiva.
Irredutível, Paiva disse que não aceitaria a presença do Sinasefe no grupo de trabalho, enquanto a categoria não suspender a greve, que já durava mais de dois meses. O secretário do MP condicionou o início dos trabalhos à retirada dos manifestantes do Sinafese da entrada do auditório da Escola de Nacional de Administração Pública (Enap), o que não aconteceu.
O Sinasefe deliberou no dia 22 de outubro pela suspensão da greve na expectativa de iniciar as negociações com o governo. A paralisação, que já durava 85 dias, foi considerada histórica pela entidade, que avaliou que o movimento trouxe ganhos políticos para a categoria, com a unificação da mobilização.
Fonte: ANDES-SN