Rios de insensíveis
navegam em mar
nebuloso, na ausência
do ético.
Rios, seixos rolantes,
a espuma cobre
e aplaca.
Corrompidas, abruptas
decisões políticas
lastreiam o país
dos contrastes
com fisiologismos.
Abomináveis escândalos
acontecem como
terremotos em
universo de
escusos conceitos…
De preconceitos e
rejeitos, homens
se nutrem no
diuturno vendaval.
Elites políticas,
chamarisco,
corruptos que
não representam,
chutam representados.
Em palcos escabrosos,
oceanografam paisagens
soturnas de ferozes
investidas e massacres
sobre o céu popular.
Cultores da pseudo-
democracia oligárquica,
permeiam o relicário
da lei e persuadem
com objetivo demolidor.
Fulminam rebentos
transformadores
com ações lúgubres,
desarticuladoras,
barbárie compulsiva.
Perdidos políticos
brotam de elites
como ervas daninhas
no calor úmido
correndo ao ouro fácil
no vil desejo bandido.
Traem representados,
vendem sentimentos
como pipocas saltitantes
em fogo alto.
Negociam o que tinham
de vergonha, como
mascates macabros,
pela elegante pompa
em corredores palacianos.
O véu aurífero do vil
turva a perspectivação
no oceano das ideias.
Agora, só fragmentos
do xerém pobre
de todos os dias, caóticos.
Marcos A. R. de Barros
Acadêmico da APP
Setembro / 2011