Em audiência pública, realizada na manhã desta quarta (26), o movimento Articulação de Mulheres da UFPB entregou à reitora Margareth Diniz uma proposta de Política Institucional de Combate às Opressões. O documento, elaborado de forma coletiva por servidoras docentes, servidoras técnico-administrativas e discentes da universidade, apresenta denúncias de assédio moral e sexual sofridos por mulheres e também sugestões para coibir essas ações.
A professora do Departamento de Serviço Social Nívia Pereira, uma das organizadoras do movimento, que teve início em março, afirmou que “a tendência é continuar a construir um calendário permanente de diálogo para dar materialidade às propostas apresentadas”.
A vice-reitora Bernardina Freire parabenizou as organizadoras da audiência, que chamou de “momento histórico” para universidade. “O movimento de mulheres da UFPB é um movimento de guerreiras, em defesa do nosso maior patrimônio que é a educação pública, gratuita e de qualidade”, afirmou.
Ao fim da audiência, com o documento em mãos, a reitora afirmou que ele será entregue a todos os diretores de centro e demais gestores da UFPB. “No dia 12 de maio, teremos reunião com as representantes da Articulação e vamos devolver o documento com encaminhamentos para que essas ações possam ser implementadas na universidade”, finalizou.
Violência
As denúncias apresentadas foram colhidas durante a realização do seminário “Mulheres e Universidade: por uma política institucional de combate às opressões”, realizado no início de abril, no campus I da UFPB, em que 180 mulheres estiveram presentes. O evento foi dividido em seis Grupos de Trabalho, sendo o de Violência e Segurança o mais procurado.