Em rodada de assembleias realizada na quarta e quinta-feira (24 e 25), as professoras e os professores da UFPB aprovaram o entendimento que a defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade pressupõe, no processo eleitoral, derrotar o governo Bolsonaro no primeiro turno, com orientação de voto no candidato Lula e as seguintes reivindicações:
- Recomposição salarial imediata dos docentes e técnicos administrativos das carreiras do MS e EBTT, respeitando as perdas de cada nível da carreira;
- Reajuste imediato do auxílio per-capita destinado à compensação pelos gastos em saúde suplementar;
- Recomposição imediata das bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e produtividade;
- Liberação de recursos para finalização de obras do Reuni até o momento paralisadas em diversos campi universitários;
- Liberação de vagas para concursos públicos nas unidades que tenham déficit;
- Recomposição imediata dos orçamentos do ensino técnico/tecnológico, da educação superior, da ciência e tecnologia e da pesquisa;
- Posse a todos os reitores eleitos. E encaminhamento do fim da lista tríplice para as universidades públicas federais.
A assembleia também discutiu a situação dos professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) na UFPB e aprovou como deliberação apoio jurídico e administrativo à demanda da categoria. Isso porque uma minuta de resolução que se encontra em análise no Consepe (Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão) pode vir a proibir a atuação dos professores EBTT na graduação e pós-graduação.
A situação foi explicada durante a assembleia pelo professor Sérgio Murilo, do campus de Bananeiras, que participou do debate em João Pessoa por meio de videoconferência e foi assistido em um telão instalado pela ADUFPB no Centro de Vivência. Ele explicou que a Procuradoria da UFPB passou a entender como desvio de função a atuação dos professores EBTT para além das escolas de ensino básico, técnico e tecnológico, fato que não ocorre em nenhuma outra universidade.
Outra deliberação da assembleia diz respeito ao Conad Extraordinário do Andes-SN, que será realizado no mês de novembro e irá reavaliar a filiação do Sindicato Nacional à CSP-Conlutas. Para embasar o posicionamento que será levado pela ADUFPB para o encontro, é necessário que a entidade promova o debate sobre esse tema com a base. Desta forma, a assembleia docente deliberou pela promoção de embasamento teórico político sobre a discussão do Conad Extraordinário, que será feita pela produção de textos e realização de nova assembleia com a categoria.
Alguns informes
Em João Pessoa, a assembleia nesta quarta-feira teve início por volta das 10h, com a apresentação de informes. O professor Cristiano Bonneau, presidente da ADUFPB, anunciou que será retomado o curso de francês gratuito com o professor Zacarias Paredes na sede do sindicato. As aulas foram suspensas durante a pandemia e recomeçam agora, no dia 2 de setembro. Interessados em participar devem procurar o professor Zacarias ou a secretaria da ADUFPB.
Cristiano Bonneau também destacou o lançamento da versão impressa da edição especial da Revista Conceitos – Mulheres em Resistência, que aconteceu no Centro de Vivência no dia 17 de agosto. A atividade contou com a participação das autoras dos artigos publicados e mediação das organizadoras da revista, as professoras Sandra Luna, diretora de Comunicação, e Rita Porto, diretora de Assuntos de Aposentadoria da ADUFPB.
Na sequência, o professor Fernando Cunha, secretário-geral do sindicato, falou sobre as visitas que a Diretoria Executiva vem fazendo nos centros e departamentos da universidade desde o início do semestre letivo, no último dia 15. As atividades estão ocorrendo sempre durante as reuniões de departamento e têm como objetivo convidar as professoras e os professores a se sindicalizarem e ouvir as demandas da categoria.
Fernando Cunha também destacou o último Boletim ADUFPB, que já está disponível no site do sindicato e traz uma análise política da relação entre Bolsonaro e as universidades brasileiras. E deu informes sobre a participação do sindicato no ato de rua do dia 11 de agosto, que levou trabalhadores e estudantes às ruas das principais cidades do país para defender a democracia e a realização de eleições livres.
O professor Swami Soares, recém eleito coordenador do Conselho de Representantes da ADUFPB, trouxe para a assembleia informes sobre a nova formação do CR e as propostas que estão sendo apresentadas. Segundo ele, uma das sugestões é realizar “reuniões itinerantes” do Conselho nos centros de ensino, para aproximar essa instância deliberativa do sindicato da base da categoria.
Já o professor Paulo Palhano, suplente de diretoria na Secretaria-Adjunta do Litoral Norte, falou sobre a realização do 8º Seminário Internacional de Práticas Educativas, que é considerado o maior evento do campus IV. As atividades ocorrerão de 16 a 19 de setembro e vão contar com a participação de representantes de 34 universidades