Servidores públicos federais de todo o país participam na próxima quarta-feira (30) de mais um Dia Nacional de Lutas para pressionar o governo a atender as reivindicações da Campanha Salarial 2023/2024. Na Paraíba, a ADUFPB irá promover um café-da-manhã na sede do sindicato e realizar uma caminhada pelo campus I para dialogar com a comunidade universitária sobre a pauta de lutas da categoria.
A atividade foi definida durante a assembleia geral realizada pelo sindicato na manhã desta sexta-feira (25), no Centro de Vivência. Na ocasião, a Diretoria Executiva da ADUFPB fez uma análise da atual conjuntura e apresentou os principais informes e deliberações da última reunião do Setor das Federais do Andes – Sindicato Nacional, realizada no fim de semana passado (dias 19 e 20).
Segundo o professor Edson Franco, que participou do encontro, em Brasília, as seções sindicais deliberaram pela realização de assembleias nos estados para tratar da campanha salarial. O resultado desses debates locais será apresentado no próximo domingo, dia 27, em uma nova reunião do Setor das Federais. No dia seguinte (segunda-feira, 28), os docentes se unem às demais categorias de servidores federais para uma semana de atos públicos em Brasília pela Campanha Salarial 2023/2024.
As atividades vão até sexta-feira (31), data final para envio ao Congresso do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Segundo o professor Edson Franco, a LDO define parâmetros para a Lei Orçamentária Anual (LOA), por isso é muito importante que ela já preveja um percentual de reajuste para os servidores.
Alguns professores aproveitaram a assembleia para também apresentar informes à categoria. Um deles foi o professor Márcio Silva, do DSE/CCEN. Ele falou sobre a perseguição da gestão interventora da UFPB a professores e servidores, com tentativa de criminalizar profissionais que se manifestaram contrários à intervenção.
Márcio Silva lembrou que, no dia 14 de agosto, a coluna da jornalista Mônica Bergamo, no jornal Folha de São Paulo, destacou a situação. No texto, a colunista menciona a nota publicada pela ADUFPB em solidariedade à servidora Lena Leite e à estudante Odara Alves, que foram intimadas a depor na Polícia Federal por suposto “crime contra a honra e ameaça ao reitor em exercício”.
Segundo o professor, três docentes também são mencionados na denúncia feita pelo interventor Valdiney Gouveia: ele próprio, o professor Daniel Antiquera (DRI/CCSA) e a professora Marília Bregalda (DTO/CCS).
Após a fala, o presidente da ADUFPB, Cristiano Bonneau, informou que o sindicato irá publicar uma nota de apoio aos docentes. Além disso, o sindicato realizará uma reunião entre a Diretoria e os três docentes citados no inquérito da PF na próxima quarta-feira (30), às 16h, para atualizar o acompanhamento que a ADUFPB vem fazendo no caso da intervenção na universidade.
Fonte: Ascom ADUFPB