Reunidos em assembleia virtual, professores e professoras da UFPB decidiram aderir às atividades do movimento “Fora Bolsonaro” que irão ocorrer em todo o país no próximo sábado, 19 de junho. Em João Pessoa, a mobilização terá início às 9h e ocorrerá de modo semelhante à última ação, realizada no dia 29 de maio, com caminhada e carreata partindo do Lyceu Paraibano até o Ponto de Cem Réis.
Por decisão da assembleia docente, a assessoria de comunicação da ADUFPB irá transmitir o ato nas redes sociais para que mesmo aqueles que não puderem ir para a atividade presencial atuem na luta, compartilhando e divulgando a mobilização. Outro encaminhamento da assembleia foi a orientação para que a ADUFPB distribua máscaras e outros equipamentos de proteção contra a covid-19 durante o protesto.
Com o objetivo de dar mais visibilidade à campanha “Fora Bolsonaro”, os(as) docentes também autorizaram o sindicato a realizar ações publicitárias visuais, com a produção de peças como adesivos, logomarcas, cards para internet, entre outros.
Também foi aprovada na assembleia a construção nacional de uma paralisação de até dois dias contra as intervenções nas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), a ser construída com o Andes – Sindicato Nacional. Desde 2019, a política intervencionista de Bolsonaro já desrespeitou o resultado das eleições para reitor(a) em 25 Ifes do país, incluindo a UFPB e a UFCG.
Outra decisão tomada pela assembleia é relacionada ao abono permanência no terço de férias, que foi cortado pela reitoria da UFPB: professores e professoras aprovaram a autorização para que a assessoria jurídica da ADUFPB entre com uma ação judicial para cobrar a retomada desse benefício.
Repúdio à desocupação
A assembleia docente também aprovou uma nota de repúdio à ordem de desocupação recebida pela ADUFPB e pelo Sintespb por decisão da reitoria. A administração da universidade deu um prazo de 45 dias para as entidades deixarem os espaços que vêm ocupando há mais de quatro décadas no campus I da UFPB, além dos prédios das secretarias localizadas nos três campi do interior.
A determinação é baseada na cobrança de valores de aluguel que estão sendo questionados pelas duas entidades e também pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes). Em 2014, o Consuni alterou a resolução que trata sobre a ocupação dos espaços nos campi. Apesar do novo documento (a Resolução nº 28/2014) prever, em seu artigo 5º, gratuidade para as entidades de classe, a universidade passou a fazer cobranças incompatíveis e desproporcionais que equiparavam as entidades representativas às empresas que exploram lucrativamente os espaços na UFPB, prevendo para o metro quadrado, inclusive, valores muito acima dos de mercado.
Conad virtual
Outra deliberação tirada da assembleia foi a eleição do delegado que irá representar a ADUFPB no 12º Conad Extraordinário do Andes – Sindicato Nacional, que será realizado em plataforma na internet, nos dias 2, 3 e 10 de julho deste ano. O tema central é “Em defesa da vida, da educação pública e dos serviços públicos: resistir é preciso!”. Por ampla maioria, o nome escolhido foi o do presidente da ADUFPB, Fernando Cunha.
Diferente dos outros conads realizados na pandemia, o 12º edição extraordinária será realizada em três dias, com intervalo entre as plenárias. O cronograma foi pensado dessa forma levando em consideração o excessivo desgaste físico e emocional provocado pela realização de longas reuniões virtuais, em um contexto de grande carga de trabalho profissional e doméstico das e dos docentes.
O cronograma do 12º Conad Extraordinário prevê um espaço maior entre as discussões das plenárias de Conjuntura (Tema I), previstas para o dia 2 de julho; de Questões organizativas e financeiras (Tema II), em 3 de julho; e do Plano de Lutas dos Setores, em 10 de julho. Nos dias 2 e 3 também ocorrerão os debates dos grupos mistos sobre os temas II e III, respectivamente.
Fonte: Ascom ADUFPB