Reunidos em assembleia geral, os docentes sindicalizados da ADUFPB concluíram a escolha dos delegados que irão representar o sindicato no 41º Congresso do Andes-SN, a ser realizado de 6 a 10 de fevereiro de 2023, em Rio Branco (AC). Além deles, foram definidos os nomes dos observadores, que também irão assistir ao evento, porém sem direito a voto.
No total, a ADUFPB tem direito a levar 11 delegados para o Congresso do Andes. Desses, um é selecionado entre os membros da Diretoria e já foi definido em reunião dos diretores. Trata-se do professor Cristiano Bonneau, presidente da entidade. Os outros 10 saem da assembleia de base. Para garantir que todos os campi da UFPB estejam representados, a ADUFPB realiza a eleição de delegados por secretaria adjunta. Os três campi do interior escolhem um representante cada e o campus de João Pessoa elege 10.
A assembleia nos campi de Areia e Bananeiras ocorreu na última quinta-feira (1º) pela manhã, no modelo virtual. Foram eleitos, respectivamente, Anita Leocádia e Gabriel de Medeiros Lima. Como observadores, os escolhidos foram Saulo Gondim (Areia) e Philipe Araújo (Bananeiras).
Já em João Pessoa e Litoral Norte, a assembleia foi nesta sexta-feira (2) pela manhã, de forma híbrida. A reunião presencial ocorreu na Sala de Leitura da sede da ADUFPB no campus I, e os participantes virtuais puderam interagir pelo Zoom. Computadores, câmeras, microfones e um telão foram instalados no local pela equipe de comunicação do sindicato para transmitir a atividade.
Os delegados eleitos em João Pessoa foram: Fernando Cunha, Rita Porto, Edson Franco, Joaquim Rodrigues, Lenilma Bento, Dailton Lacerda e Melina Alves. Também foram escolhidos quatro observadores: Adelaide Alves, José da Paz Alvarenga, Francileide Rodrigues e Carlos Cartaxo.
No total, a delegação da ADUFPB para o 41º Congresso do Andes será composta por 18 pessoas, sendo 11 delegados e sete observadores. Instância máxima deliberativa da categoria docente, o encontro terá como tema central “Em defesa da educação pública e pela garantia de todos os direitos da classe trabalhadora”.
Confira os representantes da ADUFPB no 41º Congresso do ANDES-SN
– Diretoria
Cristiano Bonneau
– Assembleia /João Pessoa
Delegados:
Fernando Cunha
Rita Porto
Edson Franco
Joaquim Rodrigues
Lenilma Bento
Dailton Lacerda
Melina Alves
Observadores:
Adelaide Alves
José da Paz Alvarenga
Francileide Rodrigues
Carlos Cartaxo
– Assembleia/Litoral Norte
Paulo Palhano – Delegado
Saulo Maciel – Observador
– Assembleia/Areia
Anita Leocádia – Delegada
Saulo Gondim – Observador
– Assembleia/Bananeiras
Gabriel de Medeiros Lima – Delegado
Philipe Araujo – Observador
Outra votação importante que ocorreu durante a assembleia foi sobre a saída do Andes da CSP-Conlutas. A decisão foi aprovada por ampla maioria, e, agora, será levada ao 41º Congresso do Andes, que irá avaliar o posicionamento da base e poderá definir sobre desfiliação do sindicato nacional.
Festa de confraternização
A assembleia docente de João Pessoa foi aberta com alguns informes. O presidente da ADUFPB, professor Cristiano Bonneau, apresentou o primeiro deles, relativo à realização da tradicional confraternização de fim de ano da ADUFPB no Paço dos Leões. Este ano, o evento será no dia 13 de dezembro, a partir das 21h, e os sindicalizados interessados em participar devem confirmar o nome na lista até o dia 7 de dezembro, diretamente na secretaria da sede da entidade, no Centro de Vivência.
Audiência no MPT
Cristiano falou, ainda, sobre a audiência do Ministério Público Federal para a qual a ADUFPB foi convocada a participar na última quinta-feira a fim de tratar da questão dos permissionários na UFPB. Devido a essa convocação, o sindicato precisou adiar para sexta-feira a realização da assembleia de João Pessoa e Litoral Norte, que aconteceria também na quinta-feira às 14h, mesmo horário da audiência.
Segundo Cristiano, a própria ADUFPB havia provocado o MPT no início deste ano devido à cobrança abusiva que a reitoria vem fazendo não só ao sindicato dos professores, mas às demais entidades representativas da Universidade. “Fizemos o pedido para que a ADUFPB não fosse colocada na dívida ativa da União, tendo em vista que não há justificativa razoável para a cobrança que está sendo feita, em torno de R$ 4 milhões”, explicou o presidente do sindicato.
Segundo ele, a audiência foi bastante positiva. “Pedimos também que tivéssemos acesso à ata da reunião do Consuni que suspendeu o processo de desocupação das entidades representativas da UFPB”, disse. Apesar da decisão do Conselho Universitário, a reitoria continuou ameaçando o sindicato de despejo.
Assessoria jurídica
Cristiano Bonneau também informou que já está agendada para ocorrer nos dias 19 e 21 de dezembro mais uma plenária jurídica com o objetivo de tratar dos processos impetrados pela ADUFPB. Os eventos contarão com a presença dos advogados da assessoria jurídica do sindicato, que irão apresentar as movimentações mais recentes dos processos e tirar dúvidas dos sindicalizados.
Cortes orçamentários
Outro informe foi apresentado pelo professor Marcelo Sitcovsky, que falou sobre o corte praticado pelo governo federal no orçamento da Educação, em particular das Instituições Federais de Ensino (IFEs). Na última quarta-feira (30), as IFEs foram surpreendidas com o anúncio de um bloqueio de R$ 344 milhões do orçamento. Como o prazo final para empenho de despesas é o dia 9 de dezembro, a medida na prática se torna um corte de verba, porque não haveria tempo hábil para os recursos serem descontingenciados.
Na quinta-feira (1º), a imprensa trouxe a notícia de que o governo teria voltado atrás na decisão e liberado a verba. Mas cerca de seis horas depois, os recursos voltaram a ser bloqueados sem que nenhum reitor tenha conseguido fazer pagamento.
Segundo o professor Marcelo Sitcovsky, esse novo ataque do governo Bolsonaro às Instituições Federais de Ensino motivaram a construção de um manifesto pela ADUFPB, a ADUFCG, o Sintespb e o Sintefpb. O documento apresenta números sobre os impactos dessa medida no funcionamento das IFEs e denuncia a política de desmonte da educação pública praticada pelo governo Bolsonaro.
Marcelo Sitcovsky explicou que, agora, as entidades estão reunindo assinaturas de apoio ao documento – com o apoio da deputada estadual Cida Ramos, que está em contato com parlamentares na Paraíba e em Brasília para angariar assinaturas. Depois desta primeira fase, o documento deve ser disponibilizado on-line para que toda a sociedade possa assinar.
“É preciso que esta medida, patrocinada pelo governo Bolsonaro, seja revertida imediatamente e que os orçamentos sejam reestabelecidos no sentido de garantir o funcionamento destas instituições e igualmente evitar os impactos econômicos que este corte promoverá na economia paraibana”, diz o texto do manifesto elaborado pelas entidades.
Fonte: Ascom ADUFPB