Assembleia dos professores aprova contas e define delegados para Congresso do Andes

A assembleia dos professores da UFPB, realizada nesta quarta-feira (6/2) em João Pessoa e terça-feira (5/2) em Bananeiras e Areia, aprovou as contas da ADUFPB referentes ao exercício de 2011, escolheu os 11 delegados que representarão o Sindicato no Congresso Nacional do Andes e definiu os nomes que irão compor a comissão pró-Estatuinte que está sendo formada pela entidade.

Contabilizando os três campi, a assembleia geral registrou a participação de 184 docentes (sendo 45 em Bananeiras, 11 em Areia e 128 em João Pessoa), alcançando, portanto, o quórum regimental, que é de 121 professores.

No campus I, em João Pessoa, a assembleia ocorreu no auditório 412 do CCHLA e começou por volta das 10h. inicialmente foram apresentados os informes. O presidente da ADUFPB, Ricardo Lucena, avisou que o bloco “Corujas”, formado pelos professores, marcará presença mais uma vez no Folia de Rua, pré-carnaval de João Pessoa.

O bloco sai na próxima sexta-feira (8/2), dentro do bloco “Cafuçus”. A concentração do Corujas será às 20h, na praça Rio Branco, que fica em frente ao antigo prédio do Cine Municipal, no Centro da Capital. As camisas serão distribuídas aos 100 primeiros sindicalizados que solicitarem, na sexta-feira, na sede da ADUFPB, no Centro de Vivência do Campus I.

Ricardo Lucena também informou que a ADUFPB irá participar da comissão que vai discutir o projeto da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e posteriormente recomendar ou não a sua instalação na UFPB.

Segundo ele, uma comissão já havia sido formada no ano passado, mas sem a participação dos professores ou funcionários. Na última semana, durante reunião do Consuni (Conselho Universitário), foi apresentado o relatório dessa comissão. O documento sugeriu a formação de outra comissão mais ampla, esta sim formada por representantes de todas as esferas da universidade (professores, funcionários e estudantes).

De acordo com Ricardo Lucena, a Diretoria Executiva da ADUFPB definiu que o sindicato iria ampliar o debate sobre Ebserh para que os docentes fiquem informados a respeito dos efeitos dessa nova estatal. “Dessa forma, estamos marcando a formação de um fórum para discutir esse problema sério e urgente, que é o problema da Ebserh, que diz respeito a todos os professores e a toda comunidade paraibana”, afirma.

Com a Ebserh, as diversas categorias de servidores federais do país alegam que o governo está tentando repassar para a iniciativa privada um serviço que é de responsabilidade do Estado: a saúde pública.

Creche-escola

Ricardo Lucena também informou que a ADUFPB vai intensificar os debates acerca da “creche-escola” que funciona no campus I. A unidade passa por problemas e está ameaçada de fechar por falta de concurso para contratação de profissionais. Ele lembra que, no ano passado, o Sindicato participou de uma audiência pública com a presença de representantes da creche e da comunidade. De lá para cá, entretanto, nada mudou. A ideia é retomar essas discussões para propor soluções e cobrar providências que garantam o bom funcionamento da unidade.

Em favor do semi-árido

Outro informe dado na assembleia foi a respeito da formação do Coletivo Aguaceira, formada por representantes da ADUFPB, do Sindicato dos Servidores do IBGE, do Sintespb (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Superior da Paraíba), da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), do MST (Movimento dos Sem Terra), do Sindifisco (Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado da Paraíba) e de artistas paraibanos, como os músicos Escurinho, Adeildo Vieira e Gláucia Lima.

Segundo Ricardo Lucena, o coletivo foi criado não para apenas debater o problema da seca, que é um fato do conhecimento de toda a população e da classe política. O objetivo principal é discutir a acessibilidade à água para criar políticas públicas voltadas ao semi-árido, uma região da qual fazem parte 22 milhões de brasileiros de 1.130 municípios, inclusive 70% do território paraibano. “Essa região está vivendo um processo de aniquilamento. Não podemos ficar alheios ao apelo do povo da Paraíba”, declara.

Nos meses de fevereiro e março, o coletivo realizará uma série de atividades em municípios do interior do Estado para, ao final, elaborar a “Carta da Paraíba sobre o Semi-árido”, com propostas de políticas públicas. Haverá audiências públicas, mesas redondas, palestras, debates em praças públicas sobre do tema acessibilidade à água.

As atividades começam no dia 25, com visita ao município de Alagoa Grande. Em seguida o Coletivo irá a Cajazeiras, Patos, Sumé, Campina Grande e encerra os eventos em João Pessoa, com uma audiência na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a leitura da “Carta da Paraíba”.

Aprovação das contas

Depois dos informes, os professores realizaram a votação para aprovar as contas da ADUFPB referentes ao exercício de 2011. O relatório da comissão de apreciação das contas (formada pelos professores Daniel Antiquera, Mariza de Oliveira Pinheiro e Francileide de Araújo Rodrigues), recomendando a aprovação, já foi apreciado pelo Conselho de Representantes da ADUFPB em dezembro do ano passado.

O professor Daniel Antiquera explicou que a análise das contas é uma tarefa muito complexa e que o relatório da comissão aconselha a aprovação porque não detectou qualquer irregularidade ou vício formal, mas também destaca a importância de discutir alguns pontos do parecer em uma posterior assembleia.

Ficou definido, então, que o tema será um dos pontos de pauta da próxima assembleia dos professores, cuja data ficará definida na próxima reunião da Diretoria Executiva. Por fim, o relatório da comissão de prestação de contas foi colocado em votação e aprovado pela maioria dos professores presentes (a contagem de votos foi feita por contraste).

O professor Ricardo Lucena lembrou que já foi publicado no início de 2012, no Boletim da ADUFPB, o detalhamento das despesas do sindicato referentes aos seis primeiros meses da atual gestão (o último semestre de 2011). O arquivo está disponível no site do Sindicato. Já a tesoureira da ADUFPB, professora Hélida Cavalcante, lembrou que os livros contábeis do Sindicato estão à disposição de todos os sócios. Para analisá-los detalhadamente, basta solicitar a ela ou ao contador da ADUF.

Escolha dos delegados

Em seguida, foi feita a escolha dos delegados que vão representar o Sindicato no Congresso Nacional do Andes, a ser realizado entre os dias 4 e 9 de março no Rio de Janeiro. No total, a ADUF vai mandar 11 delegados. Uma das vagas, por regra, pertence ao presidente da entidade. Sete ficaram com o campus de João Pessoa, uma com o Litoral Norte, uma com Bananeiras e uma com Areia.

Os nomes de Bananeiras e Areia foram decididos em assembleia realizada na terça-feira (5/2) e são respectivamente os dos professores Francisca Alexandre de Lima e Amaro Calheiros Pedrosa. Além disso, o campus de Bananeira também escolheu um professor observador. O nome selecionado foi o do professor José Pessoa Cruz.

Já os docentes do campus Litoral Norte, que participam da assembleia em João Pessoa, realizaram votação também na quarta-feira, em paralelo à dos colegas que lecionam na Capital. O nome escolhido foi o do professor Pablo Andrada.

A escolha dos professores de João Pessoa foi a mais demorada e com maior número de inscritos. Quinze pessoas se candidataram, sendo que seis fizeram a inscrição durante a assembleia e nove já haviam sido inscritos porque apresentaram o texto detalhando os pontos de debate que pretendem levar ao congresso. O texto foi uma recomendação feita pela Diretoria Executiva, para dar mais subsídios aos professores na hora da escolha.

Cada professor podia votar em até sete nomes. Os delegados escolhidos foram Terezinha Diniz (66 votos), Marisete Fernandes (46 votos), José Antônio (45 votos), Auta de Souza (43 votos), Francilene Rodrigues (43 votos), José Ricardo (38 votos), Arturo Gouveia (36 votos) e Simone Pontes (36 votos). Como houve empate, os docentes presentes na assembleia decidiram criar uma nova vaga de professor observador. Desta forma, o campus de João Pessoa vai levar para o Congresso do Andes sete delegados e um professor observador.

Confira a relação completa dos delegados:

1. Amaro Calheiros Pedrosa
2. Arturo Gouveia de Araújo
3. Auta de Sousa Costa
4. Francileide de Araújo Rodrigues
5. Francisca Alexandre de Lima
6. José Antonio da Silva
7. José Pessoa Cruz
8. José Ricardo da Silva
9. Marisete Fernandes de Lima
10. Pablo Daniel Andrada
11. Ricardo de Figueiredo Lucena
12. Simoni Castro Pontes
13. Terezinha Diniz

Escolha da Comissão pró-Estatuinte

O último ponto da assembleia foi escolha da Comissão pró-Estatuinte que está sendo formada pela ADUFPB com o objetivo de discutir quais pontos são mais relevantes para a categoria e precisam ser abordados durante a reforma do Estatuto da universidade. Em reunião do Consuni na semana passada, a reitora Margareth Diniz garantiu que a Estatuinte da UFPB será formada na metade deste ano e encerrá os trabalhos até dezembro.

Um dos nomes foi definido pela Diretoria Executiva. É o do presidente da comissão, professor Wladimir Nunes Pinheiro, que é diretor de Política Sindical da ADUFPB. Em Bananeiras, foi escolhido o nome do professor Anderson Ferreira. Em Areia, o do professor Paulo Cesar Geglio. No Litoral Norte, o do professor Baltazar Macaiba de Sousa. Já em João Pessoa foram selecionados quatro titulares – os professores Alexandre Nader, João Francisco e Rossana Souto Maior – e um suplente – o professor Marcelo Sitcovsky.

Como último encaminhamento, a assembleia definiu que a Diretoria Executiva da ADUFPB irá, na próxima reunião, marcar uma Assembleia Ordinária para tratar, entre outros temas, dos pontos abordados pela Comissão do Conselho de Representantes responsável pela análise das contas, exercício 2011.

Fonte: Ascom ADUFPB