Na última quarta-feira (28), o plenário do 42º Congresso do Andes-SN aprovou a construção de uma greve do Andes e do setor da educação ainda para este semestre. Realizado entre os dias 26 de fevereiro e 1º de março, em Fortaleza-CE, o evento orientou que cada Seção Sindical dos Institutos Federais de Ensino Superior (Ifes) mobilize a sua base em torno dessa pauta. Posteriormente, em reunião nacional de ADs, será avaliada a adesão (ou não) à decisão congressual.
“Na UFPB, participamos da mobilização nacional ocorrida no dia 22 de fevereiro e debatemos sobre salários e carreiras. A partir de agora, com a orientação do Congresso do Andes, vamos mobilizar a categoria para discutir o movimento grevista”, disse o professor Edson Franco, tesoureiro da ADUFPB e um dos componentes da delegação do sindicato no Congresso do Andes. De acordo com ele, até essa decisão ser tomada, os sindicatos vão intensificar a mobilização para fortalecer a campanha salarial 2024/2025 entre servidores(as) públicos(as) federais.
Ainda segundo Franco, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra Sindical) já definiu o indicativo de greve para o dia 11 de março, seguindo deliberação de plenária realizada por essa federação em dezembro passado. Mas não há nenhuma data fixada em relação à categoria docente. “Caso as negociações com o governo federal não avancem, partiremos para uma greve unificada no funcionalismo público federal”, explicou.
Mesa de Negociação – A votação da plenária pela construção da greve é uma reação à recusa do governo em negociar com a categoria, na primeira reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) de 2024, realizada em Brasília-DF, também na tarde dessa quarta. A negociação não teve avanços sobre a recomposição salarial de servidores federais e as outras demandas apresentadas ao governo, em 31 de janeiro.
A contraproposta protocolada pela bancada sindical prevê a recomposição das perdas salariais do período que vai do governo Temer até o final do governo Lula, com pagamentos em 2024, 2025 e 2026. Além disso, as entidades sindicais reivindicam equiparação dos benefícios sem exclusão das pessoas aposentadas, revogação das medidas que atacam servidores e assinatura de um termo de compromisso para negociar as perdas salariais do governo Dilma.
O governo manteve a proposta apresentada ao final do ano passado, de reajuste de 9%, parcelado em 2025 e 2026, o que não contempla as reivindicações das categorias.
Fonte: Ascom da ADUFPB, com informações do Andes-SN