As Centrais Sindicais, reunidas na manhã dessa segunda-feira (5), apontaram em unidade a construção de uma nova Greve Geral para o dia 30 de junho. A paralisação de 24 horas integra o calendário de lutas definido pelas Centrais para barrar as contrarreformas da Previdência e Trabalhista, pela revogação da Lei da Terceirização e pelo Fora Temer. Foi decidido também por um Dia Nacional de Mobilização para 20 de junho, com atos e panfletagens.
Representaram a CSP-Conlutas na reunião, ocorrida em São Paulo, os dirigentes membros da Secretaria Executiva Nacional da Central, Atnágoras Lopes, Luiz Carlos Prates, o Mancha, Magno Carvalho e Mauro Puerro. A CSP-Conlutas defendeu a realização da Greve Geral de 48 horas, mas não houve consenso entre as entidades. As Centrais Sindicais volta a se reunir na quarta-feira (7).
Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, ressalta que a monilização dos trabalhadores é a única saída possível para barrar e reverter a retirada de direitos sociais e trabalhistas que está sendo imposta aos trabalhadores. “Desde 2015, a aposta do ANDES-SN tem sido na construção da Greve Geral, por entender que apenas a mobilização dos trabalhadores é capaz de reverter esse quadro nacional de contrarreformas. A partir do final de 2016, a mobilização popular se intensificou e, em 2017, conseguimos fazer grandes atividades de rua, como o ato de 24 de maio, quando mais de 150 mil trabalhadores ocuparam Brasília”, destaca.
A presidente do Sindicato Nacional ressalta que a primeira Greve Geral desse ano, em 28 de abril, foi muito importante, e avaliada de forma muito positiva. “Mas é necessário que essa segunda greve seja ainda maior. Que a gente intensifique todos nossos esforços para construir a paralisação a partir das bases, dos comitês em defesa da Educação, dos Comitês contra as reformas, dos Fóruns estaduais e municipais, de todos os espaços coletivos que existem nas universidades, nos municípios e nos estados, para que possamos, no dia 30, fazer uma greve ainda maior do que foi no dia 28 de abril. Essa é a única saída possível para que a gente possa de fato barrar as contra reformas e derrubar o [Michel] Temer”, conclama. Em 28 de abril, atendendo ao chamado das Centrais, cerca de 40 milhões de trabalhadores, das mais diversas categorias, pararam o país na primeira Greve Geral desde 1989.
Agenda
– 06 a 23 de junho: Convocação de plenárias, assembleias e reuniões, em todo o Brasil, para a construção da Greve Geral.
– Dia 20 de junho: Esquenta Greve Geral com atos e panfletagens das centrais sindicais;
– 30 de junho: Greve Geral.
Confira também o vídeo: Depois do Ocupe Brasília, Rumo à Greve Geral de 48 horas!
Fonte: Ascom ADUFPB