A inquietação frente aos problemas do semi-árido brasileiro foi o que motivou a formação do Coletivo Aguaceira, que conta com a participação da ADUFPB e de outras entidades, como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil ) e o MST (Movimento dos Sem Terra), e de agentes culturais paraibanos, a exemplo dos músicos Escurinho, Adeildo Vieira e Gláucia Lima.
O objetivo é não apenas discutir o problema da seca (já tão debatido e conhecido), mas ajudar a construir políticas consistentes de acessibilidade e distribuição de água para o semi-árido brasileiro. A primeira atividade pública do coletivo, formado em dezembro do ano passado, foi a palestra “O outro lado da seca no Nordeste”, realizada no dia 22 do mês passado com a participação do professor doutor José Jonas Duarte, do Departamento de História/CCHLA/UFPB.
Ele apresentou um panorama histórico de como o semi-árido – uma região da qual fazem parte 1,1 mil municípios e 22 milhões de pessoas – tem sido alvo do despreparo das políticas de governos e de instituições de combate à seca.
No dia 25 do mês passado, o Coletivo Aguaceira participou do Congresso Estadual do MST (Movimento dos Sem Terra), realizado no município paraibano de Remígio. O grupo levou ao evento uma exposição e um show dos músicos Escurinho, Adeildo Vieira e Gláucia Lima.
Série de debates
Nos meses de fevereiro e março, o Coletivo irá percorrer cinco municípios do Estado realizando debates e eventos culturais. Haverá audiências públicas, mesas redondas, palestras, debates em praças públicas para tratar do tema acessibilidade à água. A intenção é construir, a partir dessa ação, uma “Carta da Paraíba sobre o semi-árido” com propostas de soluções. O documento será entregue às autoridades políticas do País.
As atividades começam no dia 25, com visita ao município de Picuí. Em seguida o Coletivo irá a Cajazeiras, Patos, Sumé, Alagoa Grande, Campina Grande e encerra os eventos em João Pesosa, com uma audiência na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a leitura da “Carta da Paraíba”.
Fonte: Ascom ADUFPB