Os municípios de Sumé e Campina Grande receberam esta semana uma série de eventos organizados pelo Coletivo Aguaceira, grupo formado por artistas e entidades da sociedade civil – entre elas a ADUFPB – que busca soluções para a questão da acessibilidade à água na região do semiárido. As atividades fazem parte das visitas que o Coletivo está fazendo a municípios do Estado com o objetivo de discutir o problema e reunir propostas para compor uma carta a ser apresentada à presidente Dilma e à classe política.
Na segunda-feira, o Aguaceira esteve em Sumé. Lá, a abertura aconteceu com um show pela manhã na Praça José Américo, com a participação de artistas locais. À tarde, houve uma sessão na Câmara de Vereadores e, à noite, a programação encerrou com uma mesa redonda no auditório do Campus da UFCG no município.
Já na quarta-feira, aconteceu pela manhã uma sessão especial na Câmara de Campina Grande, com falas do vereador Olímpio Oliveira e de representantes de algumas das entidades que formam o coletivo, e com palestra do professor doutor Daniel Duarte, da UFPB. As atividades se encerraram à noite, com show de artistas locais.
As visitas do Coletivo Aguaceira começaram por Cajazeiras, no dia 12 de março. Em seguida, foi a vez da cidade de Patos, no dia 13, sempre com debates, sessão especial na Câmara de Vereadores e show com artistas paraibanos.
Estão agendadas, ainda, visitas a Areia, no dia 26 de março, e João Pessoa, no dia 3 de abril. Na Capital, o Coletivo vai apresentar, em sessão na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a Carta da Paraíba, um documento com propostas apontadas durante os debates realizados nos municípios e que será entregue a autoridades políticas.
Segundo o presidente da ADUFPB, professor Ricardo Lucena, o coletivo foi criado não para apenas debater o problema da seca, que é um fato do conhecimento de toda a população e da classe política. O objetivo principal é discutir a acessibilidade à água para criar políticas públicas voltadas ao semi-árido, uma região da qual fazem parte 22 milhões de brasileiros de 1.130 municípios, inclusive 70% do território paraibano. “Essa região está vivendo um processo de aniquilamento. Não podemos ficar alheios ao apelo do povo da Paraíba”, declara.
Fonte: Ascom ADUFPB