A ADUFPB, por meio do Comitê Mulheres em Resistência, participou nesta quarta-feira (6) da sessão especial na Assembleia Legislativa da Paraíba, proposta pela deputada Cida Ramos, em alusão ao Dia Internacional de Luta das Mulheres. O evento reuniu gestores públicos, parlamentares e lideranças de entidades civis e integra a série de atividades da campanha “Março Mulher – Rompa o Ciclo da Violência” do Poder Legislativo Estadual.
Representando o Comitê Mulheres em Resistência, estiveram presentes à sessão as professoras Lenilma Meneses (vice-presidente da ADUFPB), Sandra Luna (Diretora de Divulgação e Comunicação), Rita Porto (Diretora para Assuntos de Aposentadoria) e Valdenilza Silva (Diretora de Política Sindical).
Na avaliação da vice-presidente da ADUFPB, Lenilma Bento Meneses, a sessão convocada pela deputada Cida Ramos foi extremamente positiva e marcou com êxito as atividades em alusão ao Dia Internacional da Mulher. Primeiramente, segundo ela, porque reuniu representação de vários segmentos sociais, como MST, pessoas em situação de rua, pessoas de terreiros, representante de empregadas domésticas, povos originários, quilombolas, representação de sindicatos, movimentos em defesa das mulheres, procuradoras, delegadas da mulher, parlamentares, entre outras.
“E depois por ser a pessoa de Cida Ramos a representação da ‘resistência’ mulher com deficiência desde criança, nascida e criada no interior, que desafiou toda uma sociedade excludente, machista e preconceituosa para chegar em lugar de destaque na academia e na política. E é com todo esse significado que ela tem lugar de ‘fala’ para defender os direitos das mulheres, lutar contra a violência, feminicídio, desigualdade de gênero e injustiça social”, afirmou Lenilma.
Na opinião da vice-presidente da ADUFPB, a sessão em alusão ao Dia Internacional da Mulher não foi uma simples comemoração, mas um espaço para reafirmar a força da mulher, refletir sobre os retrocessos que ocorreram especialmente nos últimos seis anos, pedir justiça para os crimes que seguem impunes, declarar sororidade a todas as companheiras e reafirmar a intenção de estar juntas em todas as lutas que envolvem as mulheres.
Durante a atividade, foi cobrada justiça para os assassinos de Mariele Franco e Anderson Gomes e cadeia para Eduardo Pereira, responsável pela chacina de Queimadas. “Quando uma mulher é agredida todas são agredidas. Quando uma mulher e violentada, todas são. Quando uma mulher tem seus direitos cerceados, todas tem”, afirmou Lenilma Bento Meneses.
Segundo a deputada Cida Ramos, a atividade desta quarta-feira não foi apenas uma ação formal, mas uma conquista a mais na trajetória de resiliência e luta das mulheres. A deputada lembra que, pelos números da violência contra as mulheres, os casos de feminicídios e de violência doméstica continuam aumentando em todo o país.
“A gente ainda precisa lutar bastante, mudar a cultura patriarcal, machista. Mudar essa forma dos homens, das crianças serem educadas, desde pequenininhas, que é uma subestimação imensa do papel das mulheres. Reverter isso é fundamental. Nós temos um arcabouço jurídico muito grande, que dá, eu diria, uma retaguarda à luta das mulheres. O que nós temos que fazer é mudar a cultura. E para mudar essa cultura, a gente precisa de todos os entes federativos e de todos os poderes”, acrescentou.