Durante a plenária deliberativa sobre as resoluções de conjuntura internacional e nacional, e Plano de Ação da Central, que ocorreu no sábado (14), no 3°Congresso Nacional da CSP-Conlutas, os delegados aprovaram uma resolução do ANDES-SN apresentada para o Plano de Ação da Central.
O texto da resolução propõe que a CSP-Conlutas, entidades, movimentos e organizações que compõem a Central participem da reunião nacional de entidades classistas, movimentos sociais e estudantis, convocada pelo ANDES-SN, no dia 11 de novembro, no Rio de Janeiro, com o objetivo de avançar no processo de reorganização da classe trabalhadora.
A mesma resolução propõe que a CSP-Conlutas participe do seminário do ANDES-SN sobre os 100 anos da Revolução Russa, que ocorre no dia 9 de novembro na capital fluminense.
Para o ANDES-SN, a participação da Central nos dois eventos significará o fortalecimento dos movimentos sociais e entidades de classe e a contribuição no acúmulo do debate necessário à construção de uma mobilização que leve ao enfrentamento da crise, com foco nas necessidades da classe trabalhadora.
Uma central ampla e sem sectarismo
O balanço e os desafios que estão postos à Central foram apresentados na manhã de sábado, no painel “11 anos da CSP-Conlutas e os desafios para o fortalecimento da central na construção de uma alternativa classista, sindical e popular”. Participaram da mesa, Eblin Farage, presidente do ANDES-SN; Preta Lu, rapper e representante do Quilombo Brasil; Luiz Carlos Prates, o Mancha, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP); e Mauro Puerro, professor da rede pública de São Paulo.
Eblin Farage falou sobre a trajetória da Central nesses últimos anos, e da sua concepção como opção classista, de autonomia de governos e patrões. “O ANDES-SN desde o início vem apostando na construção da CSP-Conlutas, uma Central sindical e popular, e apesar de nem sempre ser a alternativa mais fácil, é a decisão mais importante e acertada da nossa categoria e a toda a classe trabalhadora que busca a superação da ordem do Capital”, disse.
Para a presidente do ANDES-SN, tem sido um acerto da Central a sua condução política no que tange a mobilização da classe trabalhadora e é essencial que a CSP continue construindo a Central nessa perspectiva, pressionando as demais centrais e burocracias sindicais sem abrir mão do seu trabalho de base. “Nós temos a consciência que a pressão as burocracias só surtirá efeito se os de baixo se reorganizarem, inclusive, para enfrentar as burocracias sindicais e de fato construir um projeto alternativo para a classe trabalhadora. A CSP-Conlutas tem sido protagonista nesse processo e tem tido um acerto fundamental”, afirmou.
Para Eblin, neste momento, é necessário construir uma nova história, com unidade e sem sectarismo, dialogando com os trabalhadores que não são representados pela Central. “É necessário uma central sindical de frente ampla, de todos os lutadores e lutadoras, que caibam todos os movimentos sociais e populares, que tenha perspectiva classista e anticapitalista. Para isso, precisamos ser capazes dialogar entre nós e com aqueles que ainda não estão nessa luta, nós não temos dúvidas que aqui todos são lutadores, todos tem uma perspectiva classista e anticapitalista, e somos todos CSP-Conlutas e não temos a disposição de construir outra coisa que não seja uma central sindical verdadeiramente autônoma e da classe trabalhadora”, ressaltou.
Mancha e Mauro Puerro ressaltaram o caráter sindical e popular da CSP-Conlutas. Puerro sinalizou a importância das propostas apresentadas pelo ANDES-SN sobre a preparação de um encontro dos trabalhadores. Preta Lu falou do caráter aglutinador da CSP-Conlutas desde o seu início, unindo periferias, as lutas das mulheres, indígenas e quilombolas e os sindicatos.
Fonte: ANDES-SN