A medida antidemocrática de impedir a comunidade universitária de participar de maneira ampla da reunião do Conselho Universitário (Consuni), realizada nesta quarta-feira (16), teve grande repercussão nas redes sociais. Apenas as publicações da ADUFPB alcançaram 4.883 contas, sendo 1.383 no Facebook e 3.500 no Instagram. Além disso, ocorreram 128 compartilhamentos, o que indica que o alcance total das postagens foi ainda maior.
Os números estão bem acima da média registrada nas páginas da ADUFPB no Facebook e no Instagram, que possuem, respectivamente, 12.401 e 2.392 seguidores. A alta repercussão pode ser vista principalmente na quantidade de comentários, todos criticando a medida que impediu a ADUFPB e outros representantes da comunidade universitária de participarem da reunião do Consuni.
Entre os comentários está o do professor José Baptista de Mello Neto, no Instagram. “Esse tipo de atitude viola de morte o princípio constitucional da publicidade dos atos administrativos. É muito mais do que ilegal, é de todo inconstitucional!”, destacou.
Já o seguidor Ednaldo Alves comentou: “Esse acintoso impedimento contraria a publicidade e transparência dos atos públicos, criando cercadinhos naquilo que deve ser um fórum da sociedade. Se o espaço é pequeno, providencie-se a reunião em outro que comporte a participação de todos que tenham interesse nas discussões e deliberações dos Conselhos Superiores da UFPB. #calaabocajamorreu”.
A seguidora Renata Coutinho também demonstrou revolta contra a medida antidemocrática. “A extrema direita não tem vergonha nenhuma na cara e usa a violência como modus operandi”, comentou.
Já o professor Carmélio Reynaldo fez referência ao grande número de agentes de segurança colocados na frente da sala onde ocorre a reunião do Consuni para impedir a entrada das pessoas. “Desde a gestão anterior, a segurança da UFPB incorporou equipamentos de tropa de choque, inadequados e impróprios para o ambiente acadêmico”, ressaltou.
Entenda
Nesta quarta-feira (16), o presidente da ADUFPB, Cristiano Bonneau, foi impedido de entrar na reunião do Conselho Universitário no campus I da UFPB, em João Pessoa. Além dele, muitas outras pessoas ficaram de fora das portas fechadas e acintosamente guardadas por homens da segurança patrimonial.
Cristiano questionou o porquê de não poder entrar e o chefe de gabinete da reitoria, Pablo Nogueira, informou que a reitoria decidiu por fechar a reunião apenas para os membros do conselho e inscritos. No entanto, a inscrição ocorreu apenas durante o último fim de semana e feriado.
Alguns estudantes e professores que acabaram ficando de fora da reunião reclamaram e protestaram. Alguns deles dizendo, inclusive, que haviam se inscrito para assistir à reunião. Mas o chefe de gabinete, apesar de localizar os nomes na lista, disse que eles haviam tido a entrada “invalidada”, sem dar mais detalhes.
Fonte: Ascom ADUFPB