Os 305 delegados e 38 observadores que participaram do 29º Congresso do ANDES-SN, realizado em Belém de 26/1 a 1/2, aprovaram deliberações que reforçam a luta histórica do movimento docente pela universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada, por melhores condições de trabalho docente, contra a precarização e contra a subordinação de sindicatos e entidades de classe, além da luta pela reunificação e reorganização da classe trabalhadora.
Foram seis dias de intensos debates que resultaram em mudanças estatutárias capazes de assegurar que os docentes das diferentes seções sindicais possam se manter sindicalizados ao ANDES-SN, se assim o quiserem, ‘a despeito das iniciativas de rupturas de entidades que buscam descaracterizar a legitimidade do Sindicato Nacional como único órgão de representação sindical dos docentes.
A grande novidade do evento, motivadora de intensos e acalorados debates, foi a discussão sobre a pertinência do sistema de cotas como política afirmativa transitória, capaz de assegurar o acesso dos menos favorecidos ao ensino superior. A posição favorável às cotas, proposta como pauta de deliberação pela Diretoria do ANDES-SN, durante a Plenária de Instalação, foi aprovada.
A tarefa histórica de ajudar a reorganziar os trabalhadores também foi apreciada, sendo que a continuidade da participação do ANDES-SN na Conlutas foi definida como principal estratégia. Em relação à luta internacional dos trabalhadores, o Congresso aprovou a destinação de um valor simbólico aos trabalhadores do Haiti, vitimados por desastres naturais e, principalmente, pela política imperialista de dominação norte-americana, na qual o governo brasileiro exerce papel de destaque.