Os professores federais em greve desde 17 de maio participam nesta terça-feira (5/6) da Marcha Unificada dos Servidores Públicos Federais, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Caravanas com professores de todas as Instituições Federais de Ensino em greve são esperadas para o ato, que deve reunir cerca de 20 mil trabalhadores federais de todo o Brasil.
Após a marcha, será realizada uma plenária ampliada dos servidores, às 15h, na Esplanada, para votar a greve geral do funcionalismo federal, a partir de 11 de junho. Na tarde desta segunda (4), os SPF promovem uma coletiva de imprensa na sede do ANDES-SN para explicar os motivos que podem desencadear a maior greve da história do setor público.
Reivindicações dos servidores
A pauta de reivindicação inclui sete eixos, entre os quais o reajuste de 22,08% (referente à inflação e variação do PIB desde 2010), em conjunto com uma política salarial permanente, com reposição inflacionária, valorização do salário-base e incorporação das gratificações. Os servidores também pedem a implementação de negociação coletiva no setor público, com definição de data-base e o cumprimento, por parte do governo, dos acordos firmados e não cumpridos.
Além disso, os servidores vêm enfrentando a precarização das condições de trabalho e ataques aos direitos básicos, como a recente privatização da previdência, com a criação da Funpresp.
Na sexta-feira (1/6), o Fórum das Entidades Nacionais dos SPF participaram da oitava reunião do ano com representantes do Ministério do Planejamento, sem registrar avanços. Os dirigentes sindicais das 32 entidades dos servidores que compõem o Fórum propuseram a flexibilização do índice de reajuste reivindicado, mas ainda não obtiveram resposta do governo.
Professores em greve
A greve dos professores das Instituições Federais de Ensino completou 18 dias nesta segunda-feira (4). Desde a deflagração da paralisação nacional por tempo indeterminado em 17 de maio, docentes de 49 instituições já suspenderam as atividades. Veja aqui a lista atualizada.
O movimento é considerado pelo Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN um dos mais fortes já ocorridos nas Ifes. A expectativa agora é intensificar as ações de mobilização para pressionar o governo a abrir negociação com a categoria.
“A palavra de ordem do nosso movimento agora, mais do que nunca, é negociação. Queremos o agendamento de reuniões com interlocutores credenciados, com urgência, para buscarmos uma solução positiva ao impasse estabelecido o mais rapidamente possível”, disse Luiz Henrique Schuch, 1º vice-presidente do ANDES-SN e representante do CNG.
Fonte: ANDES-SN