Os docentes federais, em greve desde 28 de maio, se preparam para uma semana com duas grandes mobilizações em Brasília (DF). Na quinta (27), haverá a Marcha dos Servidores Públicos Federais, e, na sexta (28), a manifestação específica dos docentes federais em greve, para cobrar do Ministério da Educação (MEC) negociação efetiva da pauta de reivindicações da categoria.
A ADUFPB estará presente nos dois protestos com uma caravana formada por 18 professores. Eles partem em viagem a Brasília nesta quarta-feira (26), às 15h, e retornam no sábado (29). Depois dessa data, permanecem na capital federal os dois delegados eleitos para representarem a UFPB no Comando Nacional de Greve durante os próximos dias: professores Antônio Aécio Bandeira e Mauricélia Cordeiro.
A marcha do dia 27 é organizada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fórum dos SPF) e terá início às 9h, com concentração na tenda em frente ao Museu Nacional da República, na Esplanada dos Ministérios. Para o Fórum, é necessário ampliar a mobilização entre os servidores, construindo uma greve geral dos SPF, para que o governo federal responda à pauta unificada do funcionalismo federal. Diversas categorias estão em greve e devem intensificar a mobilização nesta semana.
Já a manifestação dos docentes federais em greve, no dia 28, está sendo organizada pelo Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN. Segundo o CNG, é importante nesta etapa da greve radicalizar as intervenções para pressionar o ministro da Educação, Janine Ribeiro, a negociar com a categoria, que completará três meses de greve justamente no dia do ato, sem sequer ser recebida pelo ministro.
Durante o período de greve houve apenas algumas reuniões, sem a presença do ministro, nas quais os representantes do MEC sequer responderam à pauta de reivindicações dos docentes federais. A pauta é dividida em cinco eixos: defesa do caráter público da universidade, condições de trabalho, garantia de autonomia, reestruturação da carreira e valorização salarial de ativos e aposentados.
Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, ressalta que, para que as reinvindicações sejam atendidas, é fundamental que haja grande participação da categoria em ambas as manifestações. “O governo federal se mantém intransigente nas negociações, seja por meio do MEC, seja por meio do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog). Assim, é fundamental que envidemos todos nossos esforços para que as manifestações sejam um sucesso. É muito importante, também, que as seções sindicais do ANDES-SN participem ativamente”, afirma o presidente do ANDES-SN.
Fonte: ANDES-SN, com informações da Ascom ADUFPB