Docentes federais de todo o país devem participar nesta terça-feira (11) da Jornada de Lutas “Não à Redução! Não aos cortes de Dilma na Educação”, organizado pela Anel e pela UNE em todo o país no Dia do Estudante, contra o corte de verbas na educação pública e a redução da maioridade penal.
Em seu comunicado 31, o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN orienta que os professores participem e ajudem a construir as atividades locais. A data também foi incorporada ao Calendário de Lutas do Espaço de Unidade de Ação, que reuniu mais de 250 pessoas em plenária em São Paulo no final de julho.
O Manifesto de Brasília, assinado pela Anel e pela Oposição de Esquerda da UNE, critica os diversos ataques aos direitos da classe trabalhadora e da juventude, bem como os cortes no orçamento da Educação Federal, em mais de R$ 9 bilhões, promovido pelo ajuste fiscal do governo federal.
“Essa medida aprofunda, ainda mais, o processo de precarização das universidades e IFs, vividos nos últimos anos por meio da expansão precarizada. Nas universidades privadas, os tubarões do ensino privado estão fazendo demissões em massa de professores, transformando aulas presenciais em aulas online e aumentando as mensalidades. Nas públicas, ameaças de cortes de bolsas de ensino e pesquisa, como Pibid e Pibic; cortes e atrasos nas bolsas da Assistência Estudantil; falta de salas de aulas e abandono das obras de infra-estrutura, o que prejudica o conjunto dos estudantes, em especial os cotistas e usuários da Assistência Estudantil; atrasos nos pagamentos dos trabalhadores terceirizados; redução do quadro de professores e técnico-administrativos, além de sua desvalorização sem reposição salarial frente a inflação, condições de trabalho e plano de carreira”, aponta o texto.
O documento ressalta ainda a paralisação, por tempo indeterminado, dos técnicos e docentes nas Instituições Federais de Ensino e também a greve estudantil “instaurada na UFRJ, UFF, Unirio, UFMS, UFGD, UFG, UFPB, UFBA, além das estaduais baianas. A luta estudantil da UFRJ é exemplo que deve se espalhar por todo o país, com a ocupação da reitoria os estudantes conquistaram vitórias importantes. Dias depois deflagraram a greve em assembleia com mais de mil estudantes, ajudando a pressionar os docentes a deflagrar greve também na maior federal do país, que tem orçamento para pleno funcionamento apenas até meados de setembro”, afirma o Manifesto, que destaca ainda a força da unidade da juventude na luta contra a redução da maioridade penal, reforçando a necessidade de investimento em educação pública, cultura e lazer para que “nossa juventude terá uma alternativa para viver e voar atrás dos seus sonhos”.
Confira aqui a íntegra do Manifesto.