A pandemia do novo coronavírus impôs a necessidade de evitar ao máximo as atividades presenciais e manter o isolamento e distanciamento social sempre que possível. Diante dessa nova realidade, a votação presencial para eleger a nova diretoria do ANDES-SN, que estava prevista para maio, foi suspensa. Após deliberarem pela necessidade de realização do processo eleitoral ainda esse ano, representantes dos docentes de 70 seções sindicais votaram, no 9º Conad Extraordinário, pelo pleito em formato telepresencial.
Com base nas deliberações desse Conad extraordinário, a Comissão Eleitoral Central (CEC) definiu as datas da votação – entre 3 e 6 de novembro – e contratou uma empresa especializada para executar as eleições. Podem votar todos aqueles que tenham se sindicalizado até 3 de agosto deste ano e estejam em dia com a entidade. As salas virtuais de votação funcionarão das 09 horas às 21 horas, nos quatro dias de eleição.
Segundo Raquel Dias, presidente da CEC, a computação dos votos será no dia 6 de novembro, a partir das 22 horas. O resultado preliminar será divulgado assim que concluído o processo de apuração, pois as chapas poderão apresentar recursos até 24 horas após a divulgação do resultado, a contar do momento em que for concluída a computação dos votos. A divulgação oficial dos resultados será feita no dia 10 de novembro. A chapa eleita será empossada em dezembro, durante o 10º Conad Extraordinário, que ainda será convocado.
“Para que a gente possa pensar melhor os desafios e expectativas para as eleições do ANDES-SN, é preciso situá-las no contexto que estamos vivendo. Logo após a primeira reunião da CEC, tivemos que decidir pela suspenção da eleição e de toda a campanha, porque nos deparamos com o avanço da pandemia no Brasil, que nos impôs o isolamento social. E essa situação teve reflexo tanto no Sindicato Nacional como nas seções sindicais”, destaca Raquel.
A presidente da CEC ressalta que a expectativa é de que possa ser realizada uma grande eleição, com participação ampla e efetiva dos professores e professoras. Para isso, a Comissão Eleitoral Central tem orientado as seções sindicais e as CEL por meio de várias circulares. Também serão fornecidas orientações pela empresa contratada, como tutoriais, vídeo explicativo e treinamento com os mesários.
“Esperamos uma grande participação para que a gente saia desse processo eleitoral com um sindicato cada vez mais fortalecido, para continuar na luta em defesa da Educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada, para fazer a defesa do ensino presencial como a única modalidade de educação. Queremos ser uma entidade representativa de toda a categoria e de toda a classe trabalhadora, independente da chapa que venha a ganhar o pleito”, pontua.
A docente acrescenta ainda que espera que, até o último dia de campanha – 2 de novembro às 23h59 -, o processo se dê com muitos debates, ainda que exclusivamente por meio virtual. “Que seja respeitoso por parte de ambas as chapas e que os laços de solidariedade entre as chapas e entre todas e todos também possam se fortalecer a partir dessa experiência”, conclui.
Como será a votação?
A CEC solicitou, a todas as seções sindicais, os dados das fichas de filiações dos docentes. Com essas informações, serão criadas as mesas virtuais de identificação, que contarão com dois mesários – presidente e secretário – indicados pelas comissões eleitorais locais de cada seção sindical e mais dois fiscais, um de cada chapa.
Aqueles(as) docentes que são sindicalizados(as) e aptos(as) a votar, mas que as seções sindicais não tenham enviado os dados ou que, em processos anteriores, votaram pelas secretarias regionais, também poderão participar da votação.
Os(as) votantes cadastrados(as) no sistema devem acessar a página das eleições do ANDES-SN, cujo link será amplamente divulgado pelo Sindicato Nacional e pelas seções sindicais. Ao digitar o seu CPF no campo solicitado, serão direcionados(as) para a mesa virtual telepresencial de identificação na qual estão cadastrados(as). Deverão então se apresentar através da câmara e do microfone do seu equipamento (computador, celular ou notebook) com um documento de identidade com foto, para verificação.
O presidente da mesa irá confirmar os dados e o email do(a) eleitor(a), para o(a) qual será enviado o link para votação. Caso prefira receber pelo celular, é possível fornecer o número nesse momento e o link será enviado por mensagem de texto.
Após o envio do link, o(a) docente terá 10 minutos para acessar o sistema de votação e registrar seu voto. Ao concluir o processo, será enviado um comprovante de votação.
Segundo Raquel Dias, caso o(a) docente tenha alguma dificuldade e não consiga registrar seu voto nesse período de 10 minutos, poderá acessar novamente a mesa virtual e solicitar um novo link. Isso pode ser feito no mesmo dia, ou em outro, desde que durante os dias de eleição. “O CPF e o email ou celular dos aptos a votar só serão bloqueados no sistema quando o voto for computado”, explica.
Para aqueles(as) cujas seções sindicais não enviaram as informações para a CEC ou que votam pelas Secretarias Regionais, o processo é semelhante. No entanto, ao acessar o hotsite da eleição, além do CPF, precisarão preencher um formulário com as demais informações. E, na mesa virtual telepresencial de identificação, deverão apresentar um comprovante de sindicalização como, por exemplo, o contracheque com o desconto da mensalidade sindical.
Após a confirmação da identidade e da sindicalização, esses(as) votantes receberão o link para registrar o voto da mesma forma que os demais. A lista de votos em separado será remetida, ao final de cada dia, para as Comissões Eleitorais Locais (CEL) de cada seção sindical para validarem ou não, a depender da situação. Caso o voto seja validado, será imediatamente computado após confirmação da CEL.
“A empresa Pandora irá oferecer suporte tecnológico, através de robôs, para auxiliar os votantes com dificuldades. Algumas seções sindicais também contratarão técnicos para dar esse suporte. O docente poderá também entrar em contato com representantes da sua comissão eleitoral local ou da sua seção sindical”, explica a presidente da CEC.