Reunidos em Assembleia Geral, os(as) docentes da UFPB decidiram nesta terça-feira (20) rejeitar a proposta do governo federal de reajuste zero em 2024 para os servidores públicos. A categoria também se posiciona contra a tentativa divisionista do governo de sugerir aumento apenas de “penduricalhos”, como auxílios alimentação e creche, que não beneficiam o conjunto dos servidores, excluindo principalmente os aposentados.
Além disso, os(as) professores(as) da UFPB apoiam que as entidades representativas cobrem na próxima reunião da mesa de negociação, marcada para 28 de fevereiro, a reposição da perda salarial dos últimos anos com base em estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nesse caso, a proposta dos(as) docentes seria de reajuste único de 14,14% em 2024, ou de 22,71% divididos em três parcelas de 7,57%, nos anos de 2024, 2025 e 2026.
Para pressionar o governo, os(as) docentes da UFPB decidiram aderir ao Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Carreira e da Educação Pública, que está sendo convocado pelo Andes – Sindicato Nacional e pelo Fórum Nacional das Entidades de Servidores Públicos Federais (Fonasefe) para a próxima quinta-feira (22). Na mesma data ocorre a terceira rodada da Mesa Específica e Temporária que trata das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT),
A programação já está sendo organizada pela Diretoria Executiva da ADUFPB e contará com duas atividades na sede do sindicato, no Centro de Vivência do campus de João Pessoa: um café da manhã, a partir das 8h30, seguido de uma mesa-redonda sobre o tema “Campanha Salarial 2024”. Os nomes programados para o debate são os dos professores Edson Franco (tesoureiro da ADUFPB, que vem acompanhando a mesa de negociação em Brasília), Jaldes Meneses (Departamento de História) e Aloisio da Silva Lima (aposentado do Departamento de Engenharia da Produção). A mediação ficará com a professora Rita Porto, Diretora para Assuntos de Aposentadoria da ADUFPB.
Eleição para reitor(a)
Durante os informes da assembleia desta terça-feira, o presidente da ADUFPB, Cristiano Bonneau, falou sobre as discussões dentro do sindicato a respeito da eleição para reitor(a) da UFPB, que estão programadas para este ano. Segundo ele, a proposta é contribuir para a retomada do processo democrático dentro da universidade e debater as perspectivas da comunidade universitária quanto ao processo eleitoral.
Para isto, também na próxima quinta-feira, mas no período da tarde, o sindicato irá realizar uma reunião ampliada na sede da entidade com a presença da Diretoria Executiva, do Conselho de Representantes e dos grupos de trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) e de Política Educacional (GTPE).
Breno Altman
Também durante os informes, a professora Anita Leocádia, diretora de Política Social do sindicato, falou sobre a vinda do jornalista Breno Altman à UFPB para participar de um debate que conta com o apoio da ADUFPB. O evento ocorrerá no dia 5 de março, no auditório do CCHLA. Judeu, Altman vem denunciando o massacre contra o povo palestino em Gaza desde o início do conflito entre Israel e Hamas em outubro.
Mobilização
Realizada no modelo híbrido, a Assembleia desta terça-feira pôde ser acompanhada tanto presencialmente, no Centro de Vivência, quanto a distância, por videoconferência. O principal tema em debate foi a campanha salarial 2024.
O presidente da ADUFPB, Cristiano Bonneau, relatou que, no final do ano passado, o governo sinalizou com um reajuste zero este ano, apenas aumentando o auxílio-alimentação para R$ 1.000; o auxílio-saúde para R$ 215 por beneficiário e o auxílio-creche para R$ 484,90. Também apresentou o percentual de 9% de aumento dividido em duas parcelas de 4,5% nos anos de 2025 e 2026.
Com o objetivo de mobilizar as categorias em torno da campanha salarial, entidades representativas de servidores(as) definiram um calendário de lutas para este mês. Entidades da Educação, incluindo o ANDES-SN, e que participam dos fóruns das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate) e as Centrais Sindicais vão realizar ações.
Na quinta-feira (22), será realizada a terceira rodada da Mesa Específica e Temporária que trata das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), em Brasília (DF). Na mesma data, serão realizadas atividades de mobilização em todo o país.
Já no dia 26 de fevereiro, o Fonasefe organizará, às 19h, uma live que abordará o detalhamento da contraproposta da bancada sindical na contraproposta de reajuste salarial para 2024 e a existência de recursos que atendam às necessidades das servidoras e dos servidores públicos federais. A proposta salarial apresentada pelo governo federal no ano passado foi de reajuste zero em 2024.
O Dia Nacional de Luta com Paralisação dos Servidores Públicos ocorrerá em 28 de fevereiro. No mesmo dia, às 14h30, será realizada a reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Brasília.
Fonte: Ascom ADUFPB