O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Sintufrj) divulgou nesta quinta-feira (6/5) uma nota apontando problemas no aplicativao “SouGov”, lançado pelo governo federal para unificar os acessos aos serviços públicos digitais.
Segundo o documento, a plataforma está oferecendo dificuldades no cadastramento de e-mails funcionais, e os servidores que tentaram acessá-lo relataram “travamentos”.
O Sintufrj também denuncia que, com o novo aplicativo, “o governo avança na centralização e, no caso das universidades, restringe a autonomia administrativa, passando a processar serviços e solicitações diretamente”.
Leia a nota na íntegra:
O novo app lançado pelo governo federal para unificar em uma única plataforma os diversos acessos aos serviços públicos digitais, denominado “SouGov”, entrou em operação ontem. A apresentação, em live anunciada incessantemente pelo Sigepe, confunde mais do que explica. Para piorar, o app apresentou problemas no cadastramento de e-mails funcionais e servidores que tentaram acessá-lo relataram “travamentos”. Em suma, um fracasso.
O objetivo do sistema, segundo a apresentação, é promover uma relação direta entre o governo e os servidores, dispensando a intermediação das áreas de gestão de pessoal dos órgãos e autarquias. Na prática, o governo avança na centralização e, no caso das universidades, restringe a autonomia administrativa, passando a processar serviços e solicitações diretamente.
Do ponto de vista da proteção dos dados, o aplicativo já possui acesso a diversos bancos de dados do governo (TSE, Denatran, Sigepe…) . Temos motivos de sobra para desconfiar de uma iniciativa que coloca mais informação e poder nas mãos de um governo inimigo dos trabalhadores.
Não existe urgência no cadastramento, posto que o aplicativo do Sigepe ficará no ar por mais 30 dias. No entanto, com a centralização dos serviços, o “SouGov” será a única plataforma disponível para o servidor acessar desde informações triviais, como consulta à prévia do contracheque, até procedimentos mais complexos.
Em suma, o cadastramento é inevitável, mas é fundamental que as entidades nacionais – Fasubra, Andes e Andifes – busquem maior compreensão do impacto da iniciativa e estudem eventuais medidas que impeçam o estrangulamento da autonomia universitária.
O Sintufrj seguirá debatendo os desdobramentos do tema e promoverá, nas próximas semanas, uma live para discutir os reflexos da plataforma na vida dos servidores e da universidade.
Sintufrj – Gestão Ressignificar