O Grupo de Trabalho de Política de Educacional (GTPE) da ADUFPB realizou, no último dia 4, a sua primeira reunião de 2023. O encontro, que tratou de temas com ampla visibilidade nas mesas de discussão da atual política educacional, teve a participação de cerca de 20 professoras e professoras. O grupo deixou a próxima discussão agendada para o dia 5 de maio, quando se discorrerá sobre a qualidade dos cursos de licenciatura da UFPB.
Além da discussão acerca da questão salarial dos docentes e das medidas emergenciais para a educação no Governo Lula, o GT falou sobre a reforma do Ensino Médio (Lei 13.415/2017), a militarização da educação (Decreto nº 10.004/2019), as condições do trabalho docente e a plataformização do ensino.
De acordo com a coordenadora do GTPE, professora Ivete Martins, o tema a ser trabalhado no dia 5 de maio se debruça sobre os cursos de licenciatura por eles serem os mais numerosos entre aqueles ofertados na modalidade a distância (EaD). “A licenciatura EaD é muito deficitária. Não oferece estágios, as aulas são repetitivas e o contato se dá somente com tutores – problemas que empobrecem a aprendizagem”, disse ela.
Para a professora Anita Pereira, diretora de Política Social da ADUFPB, é preciso entender que o ensino a distância não é uma simples transposição digitalizada das instituições educacionais para o meio virtual, embora já seja uma realidade no país. “Os desafios são grandes. Não temos uma plataforma nacional, por exemplo. É como se estivéssemos passando por uma nova colonização”, disse ela. Para aprofundar o tema – e elencar possíveis soluções que melhorem a qualidade desse ensino –, o grupo o retomará na próxima reunião.
Fonte: Ascom ADUFPB