Estudantes de mais de 30 Instituições Federais de Ensino já entraram em greve, total ou parcialmente, de acordo com informação da Assembleia Nacional de Estudantes Livre (Anel). Ao todo, são 29 instituições em greve geral e cinco com paralisação parcial.
Clara Saraiva, da executiva da Anel, esteve na sede do Comando Nacional de Greve dos professores no ANDES-SN, na sexta-feira (1) em Brasília, para participar de uma reunião e informar aos docentes o quadro de greve dos estudantes (veja aqui). A perspectiva é de construção de uma grande mobilização de todos os setores da educação.
Segundo ela, estudantes de outras quatro instituições federais já discutem a possibilidade de adesão à greve nos próximos dias. Em nota enviada ao CNG do ANDES-SN no início da greve dos professores federais, a entidade expressou apoio à paralisação e convocou os estudantes a formarem um Comando Nacional de Mobilização.
“Pela justeza de suas reivindicações e a força de sua mobilização, nos somamos e convocamos todos os estudantes a também se levantarem em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade e por uma expansão com 10% do PIB para a educação”, dizia o documento.
Ao final, a nota pública chama todos os estudantes brasileiros a participarem da luta dos docentes. “Tomemos o leme em nossas mãos e vamos às ruas fazer história! Como diziam os estudantes em maio de 68: sejamos realistas, façamos o impossível!”, conclama a Anel.
Mobilização se amplia
Nas outras entidades do setor da educação a mobilização também se intensifica. A base do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) está em processo de construção da greve. Segundo informe de diretores o Sinasefe ao CNG do ANDES-SN, das 25 assembleias realizadas até agora, todas deliberaram favoráveis à paralisação por tempo indeterminado. A entidade indicou o dia 13 para a deflagração nacional.
Já na categoria organizada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra Sindical), 39 assembleias de base já aprovaram a greve a partir de 11 de junho. Outras quatro definiram pela paralisação em datas próximas ao dia 11 e três – UFF, UFRG e UFMG – já suspederam as atividades.
Fonte: ANDES-SN