Um grupo de cerca de 120 estudantes do campus IV da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em Mamanguape e Rio Tinto, interditaram na manhã desta quinta-feira (19) o trecho da PB-041 que liga os municípios de Rio Tinto e Baía da Traição, no Litoral Norte paraibano. De acordo com o estudante de ecologia Hugo Yuri, um dos organizadores do movimento, os estudantes reivindicam um aumento nas bolsas de assistência estudantil.
O protesto teve início por volta das 11h com cerca de 100 estudantes. Às 14h o grupo deixou a rodovia e seguiu em caminhada até o prédio da direção do Centro, que seguia ocupado até as 14h45, de onde os estudantes disseram que só sairiam quando fossem atendidos pela reitoria.
Segundo o aluno, os estudantes reivindicam da reitoria um aumento nos auxílios moradia e alimentação, que segundo ele atualmente é de R$ 375 e R$ 220, respectivamente. “O auxílio que recebemos atualmente não dá para pagar o aluguel de apartamentos na região, que varia entre R$ 600 e R$ 800”, disse.
Na pauta dos estudantes também está o aumento nas vagas do Restaurante Universitário (RU) em Rio Tinto e a abertura do RU em Mamanguape, além da abertura das Residências Universitárias. “Desde a fundação dos campi que a residência universitária nunca foi aberta”, explicou.
Hugo explicou ainda que os estudantes vão realizar o protesto até que a reitora da instituição compareça ao local para conversar com os alunos. “Caso ela não apareça, na quarta-feira (20), iremos voltar às ruas”, completou. Segundo a Polícia Militar, o protesto é pacífico e os policiais estão no local para garantir a segurança dos alunos.
A reitora Margareth Diniz informou que participou de uma reunião nesta terça-feira (19) com a diretora do Centro de Ciências Aplicadas e Educação (campus IV), Maria Angeluce Barbotin, e o pró-reitor de Assistência e Promoção ao Estudante (Prape), Thompson Lopes de Oliveira. Segundo ela, na segunda-feira (25) um representante da Prape vai ser enviado para ouvir as demandas e prestar esclarecimentos aos estudantes.
Porém, ela adiantou que a Prape vai começar a comprar o mobiliário para que no próximo período a Residência Universitária esteja funcionando. Em relação ao RU de Mamanguape, ela disse que o projeto ainda está sendo feito. “O grande problema é que as obras foram feitas de péssima qualidade, tinha viga rachada e os projetos complementares não existiam. A gente teve que refazer tudo”, declarou
Fonte: Do G1 PB