Os estudantes do campus IV da UFPB (Litoral Norte) mantêm a greve iniciada na última segunda-feira (9/7) após assembleia discentes realizada nas unidades de Mamanguape e Rio Tinto. Eles ocuparam os prédios da biblioteca, da diretoriae do restaurante universitário, que, embora esteja concluído, ainda não foi inaugurado. Na quarta-feira, os alunos chegaram a fechar as entradas do campus para impedir a realização de qualquer atividade no local.
A principal reivindicação dos estudantes tem relação com a assistência estudantil. Eles reclamam da falta de uma residência universitária para receber os alunos de outros municípios e denunciam que o restaurante de Rio Tinto, mesmo já concluído, continua de portas fechadas. Em Mamanguape, também está sendo construído um restaurante universitário, mas ainda não há prazo para conclusão.
De acordo com o presidente da ADUFPB, Ricardo Lucena, o Sindicato do Professores apoia a paralisação discente e estará alerta, acompanhando o desenrolar da questão por acreditar que essa situação é reflexo das condições de trabalho que alunos, professores e servidores técnico-administrativos enfrentam nas universidades depois do Reuni – processo que ampliou a oferta de cursos e de vagas, mas precarizou ainda mais o ensino porque não garantiu a estrutura física adequada e aumento proporcional no número de professores.
“A atual reitora assumiu prometendo resolver com presteza os problemas deixados pela gestão Polari e o que vemos é uma inoperância quanto aos desafios assumidos e uma incapacidade de cumprir as promessas feitas. Assim, nesse momento, a luta discente é também a nossa luta!”, declarou Ricardo Lucena.
Desde terça-feira, os estudantes do comando de greve estão ocupando as instalações da biblioteca e no restaurante do campus IV. Para manter-se, eles vêm recolhendo doações com entidades que apoiam o movimento, entre elas a ADUFPB, que entregou sexta-feira (13/7) uma feira de alimentos a representantes do movimento.
2ª greve
Esta é a segunda greve de estudantes do campus Litoral Norte desde a inauguração da unidade, em 2006. A primeira foi deflagrada no dia 10 de setembro de 2010, depois que o forro de um dos blocos das salas de aula desmoronou. A mobilização durou 38 dias e também contou com o apoio dos professores.
Veja imagens da mobilização no campus IV
Fonte: Ascom ADUFPB