O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com ADUnB (DF), divulgou esta semana o documento “Análise das condições salariais da carreira do Magistério Superior Federal”, que visa subsidiar a campanha salarial da categoria este ano.
Conforme o estudo, “a remuneração desses profissionais sofreu expressiva deterioração, tanto em função das perdas impostas pela inflação, quanto em razão da execução de políticas de austeridade adotadas nos anos recentes, que têm impactado diretamente os servidores públicos federais”.
O documento de 40 páginas apresenta dados econômicos como o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos últimos anos, o crescimento do desemprego e a corrosão do poder de compra dos servidores. Também mostra um histórico da reestruturação da carreira do Magistério Superior Federal e dos reajustes salariais.
O estudo mostra que o último reajuste concedido a essa carreira foi implementado, de forma escalonada, nos termos da Lei nº 13.325/2016. “O reajuste começou a ser aplicado em 1º de agosto de 2016 e sua última “parcela” foi incorporada em 1º de agosto de 2019. Trata-se de lei decorrente do PL 4251/2015, que alterou os valores constantes da tabela salarial vigentes até então”.
De acordo com o documento, esse reajuste, além de não acompanhar o aumento expressivo da inflação dos últimos anos, revela o quadro de defasagem salarial da Carreira do Magistério Superior Federal.
Em relação à corrosão do poder de compra dos servidores, o Dieese destaca o aumento do preço da cesta básica no país e a escalada da inflação, o congelamento do valor do auxílio-alimentação e da assistência pré-escolar e o aumento da alíquota da contribuição previdenciária.
Fonte: Ascom ADUFPB