A ADUFPB, em parceria com o Projeto Expedição Rio Paraíba, promove nos dias 10, 11, 13 e 14 de outubro uma série de atividades para abordar a importância e a problemática da água como bem comum de todos. Intitulado Caminhos da Água, o evento é uma ação do sindicato dos docentes da UFPB como parte da programação em comemoração à Semana do Professor. A atividade busca alertar à população e à comunidade universitária sobre o direito fundamental de acesso à água, sem distinção de classe social e com qualidade à manutenção da vida humana. A abertura do evento acontece no próximo dia 10, segunda-feira, às 9 horas, no hall da Biblioteca Central da UFPB (Campus I, em João Pessoa), com a exposição “Ter Água”, que apresenta, por meio de imagens, as práticas e o uso da água no cotidiano da cidade do Recife. Às 09h30, as crianças da Escola Viva Olho do Tempo, da comunidade de Gramame, farão uma apresentação musical.
A programação do Caminhos da Água continua com a exibição do documentário “Jaguaribe – O Rio das Onças”, do cineasta paraibano Marcus Vilar, que traz depoimentos de ambientalistas, ativistas sociais, gestores públicos e empresários que têm seus empreendimentos à beira do rio. O documentário faz uma abordagem séria sobre as condições do rio – da nascente à foz, em Intermares (Cabedelo). O filme será exibido às 10h30 na sala de audiovisual da Biblioteca Central da UFPB.
Ainda dentro da programação do primeiro dia do Caminhos da Água, às 14 horas, os integrantes da Expedição Rio Paraíba farão uma apresentação do projeto que vem estudando a problemática da poluição e o assoreamento da bacia do rio Paraíba e seus afluentes ao longo dos 380 km de extensão, desde a nascente que fica a 1.079 metros de altitude na Serra do Jabitacá, na região do Cariri, à foz, em Cabedelo, no litoral paraibano. A Expedição também está fazendo um inventário da rica cultura das comunidades ribeirinhas do Paraíba, sua memória, musicalidade, culinária, entre outras observações paisagísticas e do meio ambiente.
Já terça-feira, 11/10, na sala de exibição audiovisual da Biblioteca Central, às 10h, o professor, pesquisador e geógrafo Pedro Vianna apresentará a palestra “Acesso à água na Paraíba”. A exposição tratará dos resultados dos estudos com as tecnologias sociais hídricas, como cisternas, tanques de pedras e barragens subterrâneas em contraposição com as grandes obras hídricas implantadas no estado da Paraíba. Ainda na terça-feira, à tarde, às 15h, será exibido o documentário “Ouro Azul: a guerra mundial pela água”, dirigido pelo cineasta Sam Bozzo. O filme é baseado no livro de mesmo nome, de autoria de Maude Barlow e Tony Clarke, e traz um panorama crítico sobre os recursos hídricos no mundo.
A programação continua na quinta-feira (13/10) às 14h, com a palestra “O que você precisa saber sobre água em João Pessoa”, do professor Tarcísio Alves Cordeiro, do departamento de Sistemática e Ecologia da UFPB.
No último dia do Caminhos da Água, educadores da Escola Viva Olho do Tempo apresentarão um filme sobre a situação do Rio Gramame, que banha o litoral do Estado da Paraíba e que vem sofrendo com a ações da presença humana, das indústrias instaladas em sua proximidade e pelo intensivo desmatamento de sua bacia. O documentário será exibido às 10h00. Após o filme, os educadores abrirão um debate sobre o assunto.
Para o professor Ricardo Lucena, um dos organizadores do Caminhos da Água, “não há liberdade possível num mundo onde a água não está disponível para a manutenção da vida. Por isso, estamos não só trazendo essa discussão para a comunidade universitária, como também disponibilizando todas as atividades para o público em geral”.
Segundo o professor Eduardo Guimarães, diretor cultural da ADUFPB, “essa atividade programada para a Semana do Professor busca despertar a temática sobre a água na comunidade docente da UFPB e de sua importância para o aprofundamento sobre as questões ambientais em nosso estado”. Para ele, “o evento pretende mostrar a importância do tema água para que a população compreenda que, se não fizermos nossa parte, principalmente entender a dinâmica hídrica em nosso entorno, seus problemas e as possíveis soluções, não haverá garantia de que teremos água saudável para todos num futuro não muito distante”, declarou.