A riqueza e os encantos da cultura japonesa desembarcam nos próximos dias na Usina Cultural Energisa, em João Pessoa. É que, na sexta-feira (17/6), começa o XVII Festival do Japão na Paraíba, realizado pela Universidade Federal da Paraíba, por meio do Laboratório de Estudos Etnomusicológicos (Labeet) do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), e pela Aliança Cultural Brasil-Japão na Paraíba (ACBJ-PB). O evento conta ainda com o apoio da ADUFPB, do Consulado Geral do Japão no Recife e do Instituto Felipe Kumamoto.
Serão três dias de workshops, oficinas, palestras, exposições e apresentações musicais. Organizado pela professora Alice Lumi Satomi, coordenadora do Labeet, e Takako Watanabe, presidente da ACBJ-PB, o evento recebeu, em 2022, o tema “Reintegrando ao meio ambiente”. Nesta edição, a novidade é a oficina do tambor taiko, ministrado pelo grupo Tatakinandaiko, e a oficina de orinuno (dobradura em tecido), que será ministrada por Thaís Kato.
Serão ofertadas oficinas de japonês, artes marciais (iaidô, kendô e karatê), desenho mangá, dobradura origami, arranjo de flores ikebana, a arte do embrulho com lenço furoshiki e, para as crianças menores, a oficina “Divertimusicalizando”. As brincadeiras incluem jogos juvenis que vão de games de quiz, karaokê com J-pop e K-pop até concurso de cosplay.
Para participar, os interessados devem acessar a plataforma Sympla, em que constam detalhes sobre os prazos das inscrições. Os ingressos custam R$ 25 (normal) e R$ 12,50 (meia-entrada) para cada dia de festival. O valor de inscrição para o concurso de cosplay é R$ 20. Já a inscrição para o curso de Ikebana custa R$ 50. As camisetas do evento serão vendidas, até o dia 17, por R$ 50.
Para a Profa. Alice Lumi Satomi, que coordena a ação, o Festival é resultado dos estudos translocais do Labeet aliados aos interesses da ACBJ-PB e dos espectadores entusiastas da cultura nipônica. O XVII Festival do Japão PB celebra o 114º aniversário da imigração japonesa no Brasil, cujo marco é a chegada do Kasato Maru, em 18 de junho de 1908.
A programação conta com duas mesas redondas. A primeira reunirá o Cônsul Geral do Japão de Recife, Hiroaki Sano, o físico Bruno Meyer, da Companhia de Eletricidade de Paris e Ítalo Kumamoto, fundador do Hospital Memorial São Francisco.
Já a segunda mesa será composta pelo educador Ivaldo Gomes, presidente do Coletivo do Meio Ambiente, o engenheiro ambiental Allan Yu Iwama, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema) e o músico Victor Kanashiro, pesquisador da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Na música, Victoru Kinjo e Eduardo Colombo participarão com trechos dos shows “De repente, em algum lugar” e “Terráqueos”. Outra presença musical é Utahito Kitahara, grã-mestra de koto do estilo Seiha. Ela representará o estilo Hôgaku, música tradicional japonesa.