As manifestações contra o governo Bolsonaro voltam a tomar as ruas das principais cidades do país neste sábado, dia 2 de outubro. Em João Pessoa, o protesto ocorrerá no Centro, com carreata e caminhada. Os manifestantes que seguirão em caminhada vão se concentrar em frente ao Liceu Paraibano, a partir das 9h. Já os que acompanharão o protesto na carreata vão se reunir na Praça da Independência, também às 9h.
Com a coordenação nacional das centrais sindicais e das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, o protesto cobra a saída do governo Bolsonaro, que hoje acumula mais pedidos de impeachment do que qualquer outro da história do Brasil. Na Câmara dos Deputados, já foram apresentados 138 pedidos. Desses, seis foram arquivados e 131 aguardam análise, segundo levantamento da Agência Pública.
Na Paraíba, a ADUFPB integra a organização do protesto e convoca professoras e professores a aderirem ao ato. Além de João Pessoa, também já estão confirmadas manifestações nas cidades de Campina Grande, Sousa e Sapé. “Esse é um ato em defesa da Democracia e da vida, contra a carestia, a volta da fome, a volta da miséria e a destruição dos direitos fundamentais dos trabalhadores”, explica o presidente da ADUFPB, Fernando Cunha.
Ele destaca o desemprego e os ataques ao serviço público como alguns dos motivos que levam os manifestantes às ruas. “Hoje nós temos quase 15 milhões de desempregados no país, e o governo apresenta uma Proposta de Emenda à Constituição, a PEC 32, que, se for aprovada, vai ampliar mais ainda o desemprego”, afirma.
Segundo o presidente da ADUFPB, está mais do que comprovado que este é um governo envolvido em corrupção e que tem ao seu lado partidos igualmente corruptos. Além disso, não possui qualquer projeto para o crescimento do país. “Basta ver o cenário de destruição na Ciência e Tecnologia, na Cultura, no Meio Ambiente. É um governo que não tem responsabilidade alguma com aqueles que necessitam do Estado. Só tem responsabilidade com aqueles que sempre sugaram o Estado, que defendem a privatização do Estado”, acrescenta.
Fernando Cunha também destaca que o governo Bolsonaro é marcado pela mentira e pela falsidade. “Mente descaradamente sobre qualquer ação que vá fazer. Vai a um evento da Organização das Nações Unidas e não diz uma frase que não tenha três, quatro mentiras no meio. É um governo desacreditado, que o povo brasileiro não aguenta mais. Com certeza, quando ele sair, não vai ser só o presidente que será preso. Mas toda a quadrilha que o acompanha”, critica.
Recorde de rejeição popular
Esta será a sexta grande mobilização do ano pelo “Fora Bolsonaro”. Foram realizados protestos nos dias 7 de setembro, 24 de julho, 3 de julho, 19 de junho e 29 de maio, todos com grande adesão e acompanhando a escalada da rejeição popular ao governo Bolsonaro.
Esse cenário de perda de apoio fica mais claro a cada nova pesquisa publicada. O último levantamento do Datafolha, por exemplo, mostra que a popularidade do presidente chegou ao menor nível desde o início do governo. Apenas 22% da população consideram a gestão Bolsonaro ótima ou boa, enquanto 53% acham ruim ou péssima.
Fonte: Ascom ADUFPB