Aproximadamente 300 pessoas participaram nesta quinta-feira (11/8), na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), do lançamento da Frente Paraibana Escola Sem Mordaça. O evento aconteceu no final da tarde, no Centro de Vivência do campus I, em João Pessoa. Formada por movimentos sociais e entidades sindicais, estudantis e da sociedade civil, a Frente pretende mobilizar a população contra os projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e criam o mecanismo da “Escola sem Partido” e a proibição de debates sobre determinados temas nas salas de aula.
A iniciativa é fruto de um movimento nacional que vem se replicando em todos os estados do País. Na Paraíba, a Frente Escola Sem Mordaça já conta com o apoio de 75 entidades e políticos. Entre os apoiadores está a ADUFPB, responsável pela organização do evento de ontem.
Durante o lançamento, dois palestrantes falaram sobre o projeto Escola Sem Partido e explicaram os perigos da proposta para o ensino brasileiro: a professora Jaqueline Lima, representante do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), e o coordenador nacional do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Fabiano Farias. Em seguida, o microfone foi aberto para a fala dos representantes das entidades presentes.
Segundo o presidente da ADUFPB, Marcelo Sitcovsky, a Frente Escola Sem Mordaça pretende combater os vários projetos de lei que hoje tramitam no Congresso Nacional, e também em Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas do País, que dizem combater “abusos de liberdade” na sala de aula.
“Nada mais absurdo do que isso! A sala de aula tem que ser um espaço de liberdades. A escola e a universidade têm que ser um espaço plural e democrático para que todas as concepções possam ser debatidas e estudadas. Acima de tudo é necessário preservar a escola como um espaço de desenvolvimento da capacidade de reflexão, da capacidade crítica das pessoas”, declarou.
Fonte: Ascom ADUFPB