Neste sábado (15), a Fundação Casa de José Américo (FCJA) abre a exposição “Vozes, vetos e votos: por democracia na Paraíba”, às 10h, no Memorial da Democracia da Paraíba, que funciona nesta casa de pesquisa e cultura. Num período em que a política é tema de acaloradas discussões em todo o país, a FCJA se propõe a contar a história do voto e da democracia como uma oportunidade de exercitar a cidadania. A mostra fica aberta até o dia 15 de novembro deste ano.
“Questionar, refletir, aprender e buscar novas e melhores soluções para a nossa vida em sociedade são atitudes que fazem parte do processo constante de fortalecimento da democracia”, diz Fernando Moura, presidente da FCJA. Segundo ele, a exposição apresenta uma parte da luta do povo brasileiro e paraibano pela democracia. “É uma história que une passado e presente para, ao final, convidar-nos a pensar sobre o nosso futuro”, acrescenta.
“Vozes, vetos e votos: por democracia na Paraíba” faz a cronologia do voto e o apresenta como um processo social, parte da luta pelo direito a uma sociedade mais representativa em sua diversidade. “O olhar crítico dessa exposição ultrapassa as teclas das urnas e a contagem de votos. Percorre um caminho social, histórico e cultural que vem desde os primórdios coloniais até os dias atuais, com a avançada tecnologia das urnas eletrônicas”, ressalta Fernanda Rocha, uma das curadoras da exposição.
Visibilidade – Para além das transformações do voto, “Vozes, vetos e votos: por democracia na Paraíba” destaca personagens fundamentais nesse processo e traz as vozes das mulheres, do povo negro, dos povos indígenas, do povo do campo: grupos que sempre ficaram à margem das decisões do país. “Nosso objetivo também é homenagear quem participou dessas lutas. Ao direcionarmos o nosso olhar para a temática, também passamos a fazer parte dessa construção”, diz a professora Lúcia Guerra, gerente de Arquivos da FCJA.
A exposição conta com as parcerias do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, Memorial das Ligas e Lutas Camponesas, Museu da Cidade de João Pessoa e Núcleo de Documentação Cinematográfica/UFPB. A coordenação técnica é de Fernando Moura, Juca Pontes e Lúcia Guerra. Projeto gráfico de Paula Tabosa, sob a curadoria de Fernanda Rocha e Suelen Andrade, com produção de Ana Débora.