Na última sexta-feira, 14 de junho, trabalhadoras e trabalhadores ocuparam as ruas de todo o Brasil contra a proposta de Reforma da Previdência e os cortes nos orçamentos das Instituições de Ensino Superior e em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade. Na Paraíba, ocorreram manifestações em cerca de 50 cidades, entre elas, João Pessoa.
Na Capital, as atividades de protesto começaram cedo da manhã, com diversos bloqueios em BRs, em frente a garagens de ônibus e em locais de grande movimentação de veículos. Professores da ADUFPB realizaram piquete no girador próximo ao supermercado Carrefour, na saída do bairro dos Bancários. À tarde, ocorreu um grande ato público no Centro da cidade, com concentração às 15h, no Parque da Lagoa. De lá, os manifestantes seguiram em passeata pelas principais ruas do Centro (veja algumas fotos abaixo).
Em todo o território nacional, cerca de 300 cidades registraram protestos. De acordo com boletim divulgado pelas centrais, das 27 capitais, 19 tiveram o sistema de transporte paralisado. Nas oito capitais foram registrados bloqueios em estradas e paralisações parciais. Segundo o presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçalves, o objetivo da mobilização foi alcançado. “A greve geral teve essa característica: paralisar as atividades e isso foi feito Brasil afora. O ANDES-SN avalia como um dia bastante positivo, já que é o primeiro dia de greve geral desde 28 de abril de 2017”, apontou. Ainda de acordo com informações divulgadas pelas Centrais Sindicais e movimentos populares, portos, indústrias metalúrgicas e bancos também pararam suas atividades.
Infelizmente, em meio a uma mobilização pacífica, foram registrados casos de violência e repressão de forma isolada. O presidente da seção sindical SINDOIF, André Martins, foi detido junto com outros 52 militantes em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Em São Paulo, estudantes e professores foram atacados pela Polícia Militar nos arredores da Universidade de São Paulo (USP).
Já em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, estudantes e professores, incluindo a professora Marinalva Oliveira, militante e ex-presidente do ANDES-SN, foram atropelados por um carro que atravessou o bloqueio da via.
O Sindicato Nacional do Docentes de Instituições de Ensino Superior divulgou nota repudiando as violentas ações sofridas durante a Greve Geral. “O ANDES-SN repudia quaisquer ações antidemocráticas, violentas e repressoras que ocorreram no 14J. A instituição dará toda a solidariedade e apoio jurídico a todo que sofreram injustamente no dia de hoje”, destacou a nota.
Veja fotos do protesto em João Pessoa:
Fonte: Andes-SN, com edição da ADUFPB