Pelo 27º ano, o Grito dos Excluídos sai às ruas das cidades brasileiras no dia 7 de Setembro para cobrar a construção de um país mais justo e igualitário, com o direito à dignidade garantido a toda a população. O movimento existe desde 1995, sob a organização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e reúne movimentos sociais e sindicais, pastorais religiosas, coletivos e frentes populares.
Na Paraíba, este ano o Grito vai se concentrar na Praça das Muriçocas, no bairro de Miramar em João Pessoa, a partir das 9h. “De lá, os manifestantes irão sair em caminhada e em carreata em direção à orla do Cabo Branco. Aqueles que descerem em caminhada, vão se dispersar ao chegarem ao Busto de Tamandaré, enquanto os que seguirem em carreata irão ainda até o Sesc, na praia do Cabo Branco”, explica o diretor de Política Sindical da ADUFPB, Joaquim Feitosa, que participa da organização do ato na Paraíba.
Segundo ele, a caminhada seguirá na frente, com os manifestantes divididos em blocos, e a carreata sairá atrás. Acompanhando o ato, haverá três carros de som, nos quais líderes dos diversos movimentos irão se alternar em falas sobre as lutas por igualdade, por acesso à alimentação e moradia, em defesa da democracia e dos direitos humanos.
“A ADUFPB está junto na coordenação do ato, assim como diversas outras entidades, como a CUT, as pastorais, movimentos sociais, a Consulta Popular, o Levante Popular, os sindicatos dos Correios e dos Bancários, apenas para citar alguns. O Grito dos Excluídos este ano alerta para o aumento da inflação, a volta da fome e da miséria ao Brasil. Na Paraíba, assim como em outros estados, o movimento incorporou também o movimento ‘Fora Bolsonaro”, para cobrar a saída desse governo antidemocrático, corrupto e inimigo dos direitos humanos e das minorias”, explica o presidente da ADUFPB, Fernando Cunha.
O Grito dos Excluídos será a quinta grande manifestação este ano contra o governo de Jair Bolsonaro. Protestos já foram realizados nos dias 29 de maio, 19 de junho, 3 de julho e 18 de agosto, data em que houve paralisação dos servidores públicos contra a Reforma Administrativa (PEC 32).
Para o dia 7 de setembro, a convocatória das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e da Campanha Nacional Fora Bolsonaro reforça que a democracia e a soberania do Brasil estão sob ataque. E que Bolsonaro e sua base ameaçam o país com um golpe, atacando diariamente instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as urnas eletrônicas.
Paralelamente, continuam as consequências da falta de enfrentamento à pandemia, bem como a política econômica desastrosa que vem aumentando o desemprego e deixando milhões de pessoas na miséria e na fome.
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Fonte: Ascom ADUFPB