O II Encontro Nacional de Educação (ENE), que acontecerá entre 16 e 18 de junho na UnB em Brasília (DF), foi debatido no último sábado (28), na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, pelos mais de 180 delegados e observadores presentes. A importância da construção do II ENE, através dos vários encontros preparatórios, as lutas que vêm sendo travadas por estudantes, com ocupações de escolas em vários estados, e por docentes e técnicos com greves e mobilizações por todo o país foram destacados pelos participantes, como exemplos da importância dos debates que serão travados no encontro nacional. Todas as entidades presentes na reunião da Central foram chamadas a participar do II ENE e fortalecer as caravanas dos estados.
Mauro Puero, representante da CSP-Conlutas no Comitê da “Campanha dos 10% do PIB para a Educação Pública, Já!”, destacou que a luta em defesa da educação pública e a construção de um projeto classista de educação não estão restritas aos setores diretamente relacionados à educação. Ele pontuou os seis eixos que nortearam os debates do II ENE, e contemplam diferentes aspectos da luta por um projeto classista e democrático de educação: financiamento; trabalho e formação dos (as) trabalhadores (as) em educação; acesso e permanência; gênero, sexualidade, orientação sexual e questões étnico-raciais; gestão e avaliação.
“Nós queremos que esse encontro seja a expressão das lutas dos estudantes que nos dão um grande exemplo com as ocupações, das lutas dos professores da educação básica, dos docentes e técnicos das universidades, queremos unir todos aqueles que lutam na educação. Mas achamos que o encontro e a defesa da educação pública interessa a toda a classe trabalhadora e a luta não está restrita ao setor da educação”, afirmou.
Puero ressaltou que o II ENE tem a tarefa de aprofundar e consolidar os debates iniciados no primeiro encontro, realizado em 2014, e também os ocorridos nos encontros preparatórios, que já foram realizados em mais de 18 estados. “Temos que preparar as bases para um projeto classista de educação pública e democrática e sair do II ENE com orientações claras sobre qual o programa para educação que teremos para balizar nossas lutas no próximo período. Arregaçamos as mangas com o setor da educação à frente, mas entendemos que essa é uma tarefa de todos. Convidamos todos a reforçarem o ato do dia 16 de junho”, disse.
Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, lembrou a todos que as inscrições estão abertas até o dia 30 de maio e ressaltou a importância de todos preencherem a ficha e efetivarem o pagamento bancário, com a identificação do depósito, para que a coordenação organizadora consiga sistematizar o espaço de alojamento, refeição, creche e a estrutura necessária para o bom desenvolvimento do encontro.
Rizzo reforçou a importância do II ENE e necessidade do esforço das entidades para permitir a participação do maior número de pessoas. “Esse encontro será um marco de luta importante, num momento fundamental de ascenso da mobilização em defesa da educação pública, por isso é fundamental nosso esforço coletivo para que lutadores de diversas partes do país possam estar presentes no II ENE. As greves, as ocupações e mobilizações não podem ser empecilho para participação no II ENE, pois esse é o momento de expressar essas lutas e que as pessoas possam sair do encontro mais fortalecidos”, concluiu.
Fonte: ANDES-SN