O Laboratório de Jornalismo Impresso da UFPB promove nesta sexta-feira (27/4), a partir das 9h30, no auditório do Sintespb (Ao lado da Caixa Econômica do campus I) uma palestra com o escritor Políbio Alves, autor de Varadouro.
O escritor Políbio Alves nasceu em João Pessoa. Em 1964, transferiu-se para o Rio de Janeiro e lá recebeu o título de cidadão carioca por seu trabalho com educação popular. Nessa época, também colaborou com jornais da cidade, recebendo alguns prêmios por suas publicações.
Em 1968, dentro da universidade, foi testemunha do assassinato de seu colega Edson Luís, no restaurante do campus, com um tiro no peito. Nos anos 80, voltou a residir na capital paraibana e lançou uma pequena edição de Varadouro, custeada pelo próprio autor, tendo grande sucesso junto a crítica e o público.
Nessa época, Políbio Alves integrou o livro A presença do conto paraibano (1981), publicado pela Secretaria de Cultura do Estado da Paraíba.
Da obra polibiana, destacam-se O que resta dos mortos (2003, publicado pela editora da UFPB) Os ratos amestrados fazem acrobacias ao amanhecer (2014, pela A União editora) Objetos indomáveis (2013, Mídia Gráfia Editora) Exercício Lúdico- Invenções e armadilhas (Editora Ideia, 1991). O seu livro mais recente é A leste dos homens (editora Inverta, do Rio de Janeiro), no qual o romance trata da ditadura militar na Paraíba.
O trabalho do escritor foi estudada em profundidade em Políbio Alves, um homem, um arquivo, uma trajetória(2015), de autoria de Ana Cláudia Cruz Córdula e da vice Reitora Bernardina Maria Freire, no qual o processo criativo é estudado pelas pesquisadoras da universidade.
O escritor foi traduzido e publicado internacionalmente. Por sua relação com Cuba, ele teve seu trabalho lançado na Casa das Américas, com Lo que queda de los muertos(1998, pela Editorial Arte y Literatura, de Cuba).
Além disso, Políbio foi traduzido para o inglês com o livro Emotional training creations & traps (2004). A sua atuação internacional vem sendo reconhecida através de prêmios em vários países. As relações entre o Varadouro polibiano e a principal cidade cubana podem ser sentidos no livro La Habana vieja: olhos de ver (2015).