Os deputados federais Alessandro Molon (PSB-RJ) e Gervásio Maia (PSB-PB) participaram, na última segunda-feira (3), na Universidade Federal da Paraíba, de uma plenária em defesa da educação pública e contra a reforma da Previdência. A atividade, organizada por entidades representativas dos trabalhadores e dos estudantes, ocorreu na sala de concertos Radegundis Feitosa, no Departamento de Música, e contou com a presença de lideranças políticas, gestores públicos, além de professores, servidores técnico-administrativos e alunos.
Com a realização da plenária, os organizadores buscaram atingir o objetivo de fazer com que os mandatos parlamentares possam ser porta voz dos movimentos e dos sindicatos em defesa da educação, contra os cortes nas Instituições Federais de Ensino e contra a reforma da Previdência. Respectivamente líder e vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon e Gervásio Maia foram categóricos em reafirmar apoio à luta dos trabalhadores e dos estudantes.
Receberam convite para participar do evento os reitores da UFPB, da UFCG, da UEPB e do IFPB, os deputados da Assembleia Legislativa da Paraíba e os vereadores da Câmara Municipal de João Pessoa.
Apenas a UFPB enviou representante para o evento, o chefe de gabinete da reitoria, professor Raimundo Barroso. Da Assembleia Legislativa, estiveram presentes os deputados Cida Ramos, Buba Germano e Jeová Campos. Da Câmara Municipal, compareceram os vereadores Sandra Marrocos e Marcos Henriques. Representando o Andes – Sindicato Nacional, esteve presente a professora Cristine Hirsch. A plenária também foi prestigiada por diretores de Centro e pró-reitores da UFPB.
O professor Marcelo Sitcovsky, diretor da ADUFPB, deu início ao evento lembrando que ele dá seguimento a um grande movimento que, durante o mês de maio, foi marcado por duas grandes manifestações nacionais (15 e 30 de maio). De acordo com ele, esses protestos têm permitido aos trabalhadores, estudantes e movimentos sociais ocuparem as ruas e praças do país, mostrando repúdio aos cortes na educação e à reforma da Previdência.
“Estamos mantendo essa sistemática de organizar reuniões e plenárias, tendo contato com a energia dos estudantes dessa universidade, do IFPB, dos secundaristas, além dos técnicos-administrativos por meio do Sintesp e do Sintef. Queremos agradecer a esses companheiros e companheiras que têm se dedicado para essa importante tarefa de organizar atividades, atos de rua e quero dizer que vamos continuar firmes e fortes nessa luta, ocupando todos os espaços institucionais. Nós vamos construir a vitoriosa greve do dia 14 de junho!”, declarou.
Na sequência, o deputado Alessandro Molon iniciou sua fala elogiando a proposta da plenária e disse que eventos do tipo são essenciais para a luta em defesa dos direitos da população brasileira. O deputado disse existir uma cruzada ideológica por parte do governo contra as universidades.
“Estamos vivendo um dos momentos mais difíceis da história do Brasil, onde a nossa democracia se encontra em xeque, em uma espécie de encruzilhada, de onde sairemos mais fortes ou pagaremos um preço altíssimo, com consequências danosas para o nosso país. Precisamos reafirmar o papel da educação, da ciência, da tecnologia e inovação, pois um país que tem medo do pensamento crítico, da cultura ou das artes, é um país refém, destruído e ultrapassado. Nós somos aqueles que acreditamos em livros, e não em armas. Balbúrdia é um governo não ter competência para resolver os problemas do Brasil”, ressaltou o parlamentar.
Já o deputado Gervásio Maia (PSB-PB), ressaltou que é urgente e necessário debater com toda a sociedade os impactos da reforma da Previdência. “A política do retrocesso está implantada no Brasil, por isso faz-se necessário a nossa mobilização. A reforma da Previdência é uma proposta cruel com os trabalhadores. É inevitável que mudanças sejam feitas, mas é preciso cobrar, sobretudo, dos grandes sonegadores. Não podemos aceitar que o governo diga que combate privilégios retirando direitos dos mais pobres. Essa tentativa de reforma não deseja consertar a previdência, mas sim, acabar com os direitos previdenciários”, afirmou.
As entidades que integraram a organização da plenária foram o Sindicato dos Professores da UFPB (ADUFPB), o Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (SINTESPB), o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Educação da Paraíba (SINTEF-PB), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa (SINTEM-JP), o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (SINTEP), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), os Diretórios Centrais dos Estudantes da UFPB e do IFPB, a Associação dos Grêmios Técnicos do IFPB (ASSEGT/IFPB) e a Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas (APES).
Fonte: Ascom ADUFPB