Nos dias 23 e 24 de setembro ocorreram diversas paralisações e atos em todo o país, realizados pelos docentes federais, que estão em greve há quatro meses, em conjunto com outras categorias do funcionalismo público, e entidades do movimento sindical e popular. Atendendo ao chamado do Fórum dos Servidores Públicos Federais (SPF) para o Dia Nacional de Paralisação dos SPF, centenas de docentes das Instituições Federais de Ensino (IFE) participaram das ações políticas radicalizadas em Brasília (DF) contra o mais novo pacote de cortes orçamentários do governo federal, anunciado no último dia 14, e também com o objetivos de pressionar o governo pela reabertura de negociações com os servidores públicos federais (SPF).
Na capital federal, no dia 23, as manifestações ocorreram em frente aos ministérios da Fazenda (MF), do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), e da Educação (MEC), e resultou na entrega e protocolamento de uma carta do Fórum dos SPF no Congresso Nacional, e junto ao MF e Mpog. (veja aqui)
Já no dia 24, o Comando Nacional de Greve dos docentes federais do ANDES-SN realizou ações para cobrar resposta do governo à pauta específica da categoria. Os docentes realizaram manifestação em frente ao Mpog e depois no MEC, onde ocuparam a entrada do gabinete do Ministro Renato Janine. Como resultado, os docentes garantiram agenda de reuniões com a Secretaria de Relações do Trabalho do Mpog e com o ministro da Educação. (saiba mais)
Nos estados, como parte dessa mesma agenda de mobilização, os atos foram realizados nas IFE e também em órgãos federais. Além da pauta em comum, os docentes reivindicaram uma reposta às suas pautas específicas, e defenderam a educação pública, gratuita e de qualidade.
No Pará, em conjunto com os demais servidores públicos federais em greve, os docentes da Universidade Federal do Pará (Ufpa) promoveram, no Dia Nacional de Paralisações dos servidores públicos federais, na quarta (23), um ato público para denunciar a política de ajuste fiscal e pressionar o governo federal a atender as reivindicações das categorias. O protesto contou também com a presença de técnico-administrativos e estudantes da instituição, e das demais categorias do serviço público federal que estão em greve. Com carro som e distribuindo panfletos, em frente ao portão da Ufpa, os docentes explicaram a população, as reivindicações da categoria em greve.
Em Santa Maria (RS), o ato unificado de docentes, técnicos e estudantes ocorreu em frente à reitoria do Instituto Federal Farroupilha (IFF). A manifestação contou com a presença dos professores da rede estadual, que protestavam tanto contra as medidas do governo Dilma Rousseff quanto do governo Sartori. O ato iniciou às 8h30 da manhã, com trancamento parcial da rodovia, panfletagem e diálogo com a comunidade. No final da manhã, os manifestantes se dirigiram em carreata até a frente do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), onde foi encerrado o ato.
Em Manaus (AM), docentes, técnico-administrativos e estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) realizaram ato unificado na entrada do campus universitário. Durante a mobilização, foram distribuídos panfletos a comunidade universitária, explicando as consequências dos vários cortes orçamentários promovidos pelo governo federal nas atividades acadêmicas e administrativas da Ufam. Cartazes alertavam sobre a atual situação da Casa do Estudante, cujas obras foram interrompidas em 2013. Os participantes seguiram em carreata em direção as obras inacabadas da universidade como a Casa do Estudante e à fábrica de medicamentos da Ufam. Na cidade de Humaitá, no estado amazonense, uma marcha pelas principais ruas do município foi realizada na mesma data com docentes e estudantes panfletaram os motivos da greve e a continuidade para a população.
Na cidade do Rio de Janeiro, docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), junto com estudantes das duas instituições, estiveram presentes no protesto em frente ao Ministério da Fazenda com os demais servidores e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Em Teresina (PI), no Dia Nacional de Paralisações, docentes se uniram com outras categorias do funcionalismo público, em frente a sede da Agespisa, empresa de abastecimento de água e tratamento de esgoto do sstado, contra a privatização e cortes que estão ocorrendo nos órgãos por parte do governo federal. No dia seguinte, 24, alunos das instituições federais de ensino do Piauí, fizeram passeata demonstrando apoio às reivindicações dos docentes, em greve há quatro meses. Os estudantes se reuniram em frente ao Instituto Federal do Piauí (IFPI).
Em Maceió (AL), os docentes federais realizaram um ato pela visibilidade das pautas do movimento grevista, na manhã de quarta, no centro da capital alagoense. A mobilização, organizada pelo Comando Local de Greve (CLG) da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal – Seção Sindical do ANDES-SN), fez parte das atividades do Dia Nacional de Paralisação dos SPF. Participaram do ato, técnico-administrativos e estudantes da instituição, além de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os manifestantes conversaram com a população, distribuíram panfletos com as reivindicações do movimento grevista e saíram em passeata pelo comércio da cidade.
Em João Pessoa (PB), a manifestação dos servidores públicos federais ocorreu em frente ao Ministério da Fazenda e contou com a participação dos docentes e servidores técnico-administrativos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPB), além dos servidores do INSS, do Ministério da Fazenda, entre outros. Eles exigiram a reversão dos cortes orçamentários, promovidos pelo governo federal, e a reabertura de negociações com os servidores públicos.
Na cidade de Cruz das Almas (BA), docentes da Universidade Federal do Reconcâvo da Bahia (UFRB) aderiram a mobilização nacional do dia 23 contra os cortes, em defesa do serviço público, pela reabertura das negociações e em defesa da UFRB. A manifestação teve inicio pela manhã em frente a reitoria da instituição e durante o dia foram realizadas plenárias unificada e outra apenas do CLG docente da UFRB. Em São Luís (MA), o ato nacional dos SPF se iniciou pela manhã e contou com a participação da Associação de Professores da Universidade do Maranhão (Apruma-SSind.) e de diversas entidades, entre elas, o Sinasefe, e da CSP-Conlutas.
Em Cuiabá (MT), servidores públicos federais em greve do Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT), da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), em unidade com os servidores do INSS e Correios, realizaram ato na quinta-feira (24), pela manhã na praça da República. Ele chamaram a atenção da população e do governo para a necessidade de negociação de suas pautas, que incluem a reversão dos cortes de recursos destinados à educação, saúde e assistência à população.
*Fotos: das Seções Sindicais
Fonte: ANDES-SN