Estão suspensas as matrículas dos aprovados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para as 158 vagas ofertadas pela UFPB para o período 2012.2 por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O credenciamento, que aconteceria a partir desta sexta-feira (29/6) até o dia 9 de julho, só terá início após o governo apresentar uma proposta que encerre a greve dos servidores das universidades federais.
A suspensão vale para todo o País e foi decidida pelo Comando Nacional de Greve dos servidores e pela Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras).
Na UFPB, em reunião nesta sexta-feira pela manhã com representantes dos comandos locais de greve dos servidores e dos professores, o pró-reitor de Graduação, Valdir Barbosa, comprometeu-se a aceitar a decisão e deve encaminhar um documento aos sindicatos oficializando a suspensão.
De acordo com o secretário do Comando Local de Greve da ADUFPB, Jaldes Nunes de Menezes, esta é uma situação temporária que não irá prejudicar os alunos. “É uma decisão por prazo delimitado. Quando for resolvido o impasse entre o movimento grevista e o governo, tudo será normalizado. E nós estamos abertos a negociação e aguardando uma resposta do governo”, declarou.
A ADUFPB e o Sintespb encaminharam ao pró-reitor Valdir Barbosa documento solicitando a suspensão do credenciamento e das matrículas e pedindo a ampla divulgação da informação.
Manifestação
Antes da reunião com o pró-reitor de Graduação, servidores e professores realizaram uma manifestação em frente à reitoria. Eles reafirmaram as reivindicações das duas categorias e lembraram que, um mês e meio depois do início das greves nas universidades federais, o governo ainda não sinalizou com nenhuma proposta.
Os professores, que pararam as atividades no dia 17 de maio, pedem a reestruturação da carreira docente, com a criação de uma carreira única, incorporação de gratificações, piso salarial equivalente ao salário mínimo do Dieese e paridade entre ativos e aposentados.
Já na pauta dos servidores, cuja greve começou em 11 de junho, está o aumento do piso salarial em 22,8% com a correção das pendências da carreira desde 2007, Devolução do vencimento básico complementar absorvido na mudança na Lei da Carreira, de 2005, e Reposicionamento dos servidores aposentados.
Fonte: Ascom ADUFPB