No início da tarde desta sexta-feira (3), a ADUFPB teve a oportunidade de apresentar, pessoalmente, as reivindicações da categoria docente ao ministro da Educação, Camilo Santana. Também estavam presentes na audiência — realizada depois do lançamento regional do Programa Pé-de-Meia, no Centro de Convenções de João Pessoa — o governador João Azevedo, a reitora recém-eleita da UFPB, Terezinha Domiciano, a reitora do IFPB, Mary Roberta Marinho, e membros dos comandos de greve do SINTESPB e do SINTEFPB.
A Diretoria Executiva e a Comissão de Mobilização da ADUFPB aproveitaram a oportunidade para cobrar, do governo federal, uma nova tentativa para se chegar a um acordo em relação à campanha salarial 2024. “Ressaltamos que a nossa pauta principal é o reajuste salarial. A proposta de 0% de aumento para este ano, apresentada pelo governo, foi rejeitada por todos os trabalhadores da educação federal, pois tínhamos uma perda inflacionária de 27,7%, no início do Governo Lula. É uma proposta problemática, também, porque cria divisão entre ativos e aposentados. E os aposentados já foram muito prejudicados, no ano passado”, argumentou Edson Franco, tesoureiro da ADUFPB.
Além do sindicato docente, as duas outras entidades que representam os trabalhadores das instituições federais de ensino da Paraíba — em greve há um mês — reclamaram seus direitos. “O Sintespb, por exemplo, pleiteou a reestruturação da carreira, que é uma das mais precarizadas do Executivo, e também apresentou o problema enfrentado por servidores e estudantes que estão com inquérito na Polícia Federal, oriundos desse período de intervenção na UFPB”, explicou.
Outro ponto apresentado pelo tesoureiro refere-se à recomposição do orçamento da UFPB para infraestrutura, pesquisa, ensino e extensão. “Já que houve o lançamento do Pé de Meia, que o ministro veja a possibilidade de criação de programa similar para os nossos discentes, por meio do aumento de bolsas de extensão, iniciação científica e monitoria. Por fim, que se promova um revogaço das medidas tomadas pelo governo passado, como a Portaria 983, que altera a carga horária de professores dos institutos federais”, avaliou.
Fonte: Ascom ADUFPB