Os professores da UFPB aprovaram na última rodada de assembleias, realizada nos dias 9 e 10 de dezembro, uma nota de repúdio ao atraso no pagamento dos salários dos funcionários terceirizados do campus IV – Litoral Norte. A situação já se estende por dois meses e parte dos trabalhadores já paralisou as atividades, comprometendo as aulas dos cursos em Mamanguape e Rio Tinto.
Leia a nota na íntegra:
ADUFPB- CAMPUS IV
Salários atrasados dos funcionários terceirizados no Litoral Norte
A ADUFPB está acompanhando a situação descabida dos funcionários terceirizados que prestam os serviços gerais no Litoral Norte, unidades de Rio Tinto e Mamanguape, que encontram-se já há dois meses com seus salários e benefícios atrasados. A situação se prolonga sem que a empresa prestadora de serviços, a saber, Infinity Service Conservação e Limpeza LTDA, e a Prefeitura Universitária, tomem alguma atitude para resolver o grave problema em questão. O máximo de energia que a PU gastou quanto ao caso foi fazer uma advertência para a empresa em questão. Este caso já ocorrera outras vezes e reflete um estado de precarização das condições de trabalho que ocorre a olhos vistos na vida cotidiana do campus. O Campus IV da Universidade Federal da Paraíba, sofre, desde a sua fundação em 2006, de ondas de descaso e desatenção das reitorias que se seguem. No entanto, em meio às adversidades, que incluem também a assistência estudantil, o Centro de Ciências Aplicadas e Educação busca se consolidar em sua autonomia e tornar-se de fato, respeitável. O campus IV com um contingente considerável de professores, que desenvolvem as mais diversas atividades de ensino, pesquisa e extensão, tendo em vista contribuir para alterar a dramática situação socioeconômica do Vale do Mamanguape. A direção desta entidade não aceita de nenhuma forma que algum docente desta instituição seja desrespeitado, nem mesmo quando um colega terceirizado é submetido à condições de trabalho que estão muito aquém das ideais, e que negam, entre outros direitos, o sagrado salário. Reforçamos que o atraso nos vencimentos não são negociáveis e os salários devem ser pagos imediatamente. Este é um precedente que afirma as dificuldades pelas quais as IFES estão passando, dado os cortes de custeio implementados neste ano. Vários setores das universidades já estão à mercê das consequências destes cortes, que geram inúmeras dificuldades em seu funcionamento básico, colocando em risco a excelência de sua prestação de serviços e o caráter público da educação.