Confira a nota técnica, emitida pelo Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica – IE/UNICAMP, nesta terça-feira (17/09), que comprova a falsificação das contas do governo federal para justificar e aprovar a Reforma da Previdência no Congresso e na Câmara.
O estudo realizado pelos pesquisadores da UNICAMP só foi possível graças a planilha obtida via Lei de Acesso à Informação, e que demonstra que o governo utilizou dados deturpados e seletivas para enganar a população, os parlamentares da Câmara e do Congresso, além de empresários e trabalhadores. Segundo os pesquisadores, a “reforma” promoverá a destruição dos direitos previdenciários com base na falsificação de dados.
A divulgação do dossiê resultou na reportagem publicada com exclusividade pela revista Carta Capital desta semana. A reportagem mostra, ponto a ponto, onde o governo usou de trapaça para enganar os parlamentares e toda a população brasileira.
Na nota técnica (clique aqui para ler), que é traduzida na reportagem da Carta Capital, os pesquisadores apontam que “refazendo os cálculos oficiais com o uso das normas vigentes legalmente, demonstramos que, para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), o subsídio para as aposentadorias dos trabalhadores mais pobres diminui e não aumenta com a reforma da previdência. Por sua vez, as aposentadorias por tempo de contribuição (ATC) obtidas nas regras atuais com idades mais novas geram superávit para o RPGS e tem impacto positivo na redução da desigualdade. Este resultado se verifica inclusive considerando pensões por morte. Por isto, a abolição da ATC resulta em déficit para o RGPS, o que é compensado pela Nova Previdência com novos critérios de acesso (tempo de contribuição e idade) e cálculo (redução) dos benefícios que prejudicam principalmente os mais pobres, agravando a desigualdade.”
Um escândalo que vale a criação imediata de uma CPI e ações no STF, pois são estas contas que ilustram as apresentações enganosas feitas por representantes do governo desde abril, só irão agravar ainda mais a desigualdade social no país.
FONTE: DA ASCOM ADUFPB